14 de mai. de 2013

Maduro manda Exército às ruas para combater criminalidade em Caracas

3 mil soldados e policiais começaram a ocupar diversos setores.
Objetivo é aumentar segurança na região.

Da France Presse
Ao menos 3 mil soldados e policiais começaram a ocupar nesta segunda-feira (13) diversos setores na região de Caracas, especialmente no estado de Miranda, governado pelo líder opositor Henrique Capriles, como parte do plano para reduzir a criminalidade na Venezuela.
"Hoje estamos aqui porque decidimos lutar, com toda a nossa alma, para construir uma pátria segura", disse o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ao se dirigir a militares, policiais e guardas municipais no lançamento do plano Pátria Segura 2013, no complexo militar de Fuerte Tiuna, oeste de Caracas.
Membros das Forças Armadas venezuelanas durante cerimônia em Caracas (Foto: Juan Barreto/AFP)Membros das Forças Armadas venezuelanas durante cerimônia em Caracas (Foto: Juan Barreto/AFP)
"Hoje vamos mobilizar 3 mil homens e mulheres (de distintos corpos das forças de segurança) com seus equipamentos para promover a proteção" da população, destacou Maduro, qualificando a insegurança como o "problema mais grave" que enfrenta o país.
A operação começou pelos municípios de Sucre e Baruta, na grande Caracas, ambos dirigidos por prefeitos opositores e no estado de Miranda, governado por Capriles, que impugnou a vitória de Maduro nas eleições de 14 de abril passado no Tribunal Supremo de Justiça.
"Sucre e Baruta são os municípios mais inseguros do país (...). Não sou um ditador, mas tenho que proteger as crianças venezuelanas", explicou Maduro.
Maduro, herdeiro político de Hugo Chávez, destacou que a operação seguirá nas próximas semanas "por todo o espaço e o território da pátria" para proteger o povo.
Na próxima segunda-feira, a operação chegará aos estados de Lara, também governado pela oposição, Zulia e Carabobo, ex-bastiões opositores que caíram nas mãos dos "chavistas" em dezembro passado.
O ministro do Interior, Miguel Rodríguez, revelou na quinta-feira que até setembro estarão formados cerca de nove mil agentes da Polícia Nacional, e parte deste contingente substituirá os militares enviados aos Estados a partir desta segunda.
A Polícia Nacional foi criada em dezembro de 2009 pelo então presidente Hugo Chávez para responder aos altos índices de criminalidade da Venezuela, atuando conjuntamente com as polícias regionais.

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