Resolução recebeu apoio de 107 dos 193 membros das Nações Unidas
AFPA Rússia foi um dos países que se opôs à resolução, alegando que poderia ser um potencial obstáculo às negociações. No ano passado, 133 países aprovaram uma resolução similiar. Naquele momento a Síria estava no centro dos debates do organismo multilateral.
Estados Unidos, Grã-Bretanha e França se juntaram aos países árabes no apoio à resolução, apresentada pelo Qatar e por outras nações árabes, que manifestaram a sua "indignação diante do rápido aumento do total de mortos".
Segundo a própria Assembleia Geral da ONU, o número de vítimas do conflito é estimado agora em mais de 80 mil, embora um relatório divulgado na terça pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) aponte para um número entre 94 e 120 mil baixas desde março de 2011.
Além da Rússia, China, Síria, Irã e Coreia do Norte estão entre os 12 países que se opuseram à resolução. Entre os que se abstiveram estão, além do Brasil, África do Sul e Índia.
Clamor por transição
A Assembleia "condenou energicamente a contínua escalada no uso de armas pesadas por parte das autoridades sírias", incluindo "mísseis balísticos" contra civis, ressalta a resolução.
Em relação aos esforços políticos para pôr fim à guerra, a Assembleia solicitou às partes que trabalhem pela "rápida implementação" de um comunicado elaborado pelas principais potências em Genebra no ano passado, que detalhava as etapas para um governo de transição.
A resolução considera os opositores da Coalizão Nacional Síria (CNS) "um representante efetivo de que os interlocutores necessitam para uma transição".
A Rússia, que antes da votação tinha enviado um comunicado aos 193 membros da ONU classificando a resolução de "parcial", afirmou que esta "seria um sério obstáculo para as tentativas de levar as partes sírias à mesa de negociações".
No entanto, os países ocidentais apoiaram decididamente a resolução. "As consequências desta crise aumentam, afetando não apenas a Síria, mas toda a região", disse a embaixadora assistente americana Rosemary DiCarlo, acrescentando que o apoio à resolução está em consonância com os esforços pela organização de uma conferência de paz.
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