31 de mai. de 2013

Delegação síria negocia compra de caças em Moscou

DIOGO BERCITO
DE JERUSALÉM
Crise Síria Enquanto a comunidade internacional pressiona a Rússia para que não venda mísseis antiaéreos à Síria, uma delegação vinda de Damasco está em Moscou para negociar a compra de ao menos dez caças russos.
As informações foram divulgadas na sexta-feira (31) pela agência Interfax, que cita uma fonte militar russa a respeito dos termos de venda dos aviões MiG-29 ao regime de Bashar al-Assad.
Ontem (30), o ditador falou à televisão libanesa Al-Manar, controlada pelo grupo extremista Hizbullah. Era esperado, de acordo com o próprio canal, que Assad confirmasse a chegada de um carregamento de mísseis antiaéreos tipo S-300. No entanto, ele se esquivou da pergunta, afirmando somente que contratos com a Rússia estão sendo cumpridos.
Conforme informações obtidas também pela Interfax, a Rússia não deve entregar uma remessa de S-300 à Síria antes de setembro.

Sergei Supinsky/AFP
Fotografia de 24 de abril de 2012 mostra jato MiG-29 da Rússia e munição, no aeródromo de Vasylkiv
Fotografia de 24 de abril de 2012 mostra jato MiG-29 da Rússia e munição, no aeródromo de Vasylkiv
A ansiedade em relação ao S-300 se dá porque esses mísseis, uma vez em posse do regime sírio, dificultariam intervenções externas na Síria. O mísseis S-300 podem interceptar aeronaves tripuladas e mísseis teleguiados.
Israel, no começo do mês, atacou posições próximas a Damasco, de acordo com governos ocidentais, e o governo israelense já sinalizou que, no caso de os mísseis S-300 chegarem à Síria, o país tomará providências para que não sejam colocados em operação.
Será um passo arriscado em relação ao conflito sírio, que já deixou mais de 80 mil mortos e 1,6 milhão de refugiados, nas estimativas da ONU (Organização das Nações Unidas).
A mídia russa relatava hoje, porém, que o carregamento de S-300 só chegaria a Damasco no início de 2014, contrariando os boatos de que já foi entregue. A agência de notícias AFP afirma que o contrato, no valor de US$ 1 bilhão, foi firmado em 2010.
Com Reuters

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