Enquanto o grupo de elite americano tenta recuperar a credibilidade, a imprensa do país publica novas denúncias de farras em viagens oficiais para o exterior
Barack Obama desembarca do Força Aérea Um acompanhado por agentes do Serviço Secreto
(Saul Loeb / AFP)
Nos últimos dias, imprensa dos EUA publicou novos relatos de conduta
inapropriada dos agentes em visitas a San Salvador e Buenos Aires
O grupo de elite, responsável pela segurança do presidente dos Estados Unidos e de sua família, passa por uma crise após a divulgação de uma "farra" envolvendo seus agentes nas vésperas da Cúpula das Américas, realizada no balneário caribenho de Cartagena, nos dias 14 e 15 de abril. Na ocasião, o grupo teria levado 21 prostitutas colombianas para seus quartos de hotel.
As novas regras, que deverão ser adotadas imediatamente, também proíbem o consumo de álcool nas dez horas anteriores ao trabalho. Além disso, exigem que as viagens sejam acompanhadas por um supervisor do Escritório de Responsabilidade Profissional do Serviço Secreto.
Vexame - Em uma entrevista coletiva na segunda-feira, pouco após o escândalo ter chegado ao público, o general Martin Dempsey, chefe das Forças Armadas dos EUA, lamentou o episódio: "Estamos envergonhados. Decepcionamos nosso líder (Obama), porque ninguém comenta a respeito do que ele foi fazer na Colômbia. Só falam do incidente".
Denúncias - O caso tomou novas dimensões na última quinta, quando a cadeia KIRO-TV de Seattle, citando fontes anônimas, noticiou que membros do Serviço Secreto receberam favores sexuais em San Salvador e levaram prostitutas ao hotel antes da visita do presidente Barack Obama ao país, em março de 2011. Em outra denpuncia, o jornal The Washington Post publicou que agentes que acompanharam o ex-presidente Bill Clinton em uma visita a Buenos Aires, em 2009, também viveram uma noite de farra na capital argentina.
O senador republicano Charles Grassley pediu na última quinta uma investigação independente sobre o episódio de San Salvador e cobrou, em entrevista para a rede CBS, punições para os envolvidos nos escândalos. No entanto, a secretária de Segurança Nacional, Janet Napolitano, assegurou na quarta, diante do Senado, que o caso da Colômbia era um episódio isolado, e reiterou sua confiança no diretor do corpo de segurança, Mark Sullivan.
(Com agências EFE e France-Presse)
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