7 de abr. de 2012

Japão e EUA mobilizam navios de guerra em Okinawa

Uma semana antes da data prevista para o lançamento do satélite norte-coreano, vizinhos se preparam para uma possível interceptação

Tropas das Forças de Autodefesa chegam à ilha de Ishigaki

Tropas das Forças de Autodefesa chegam à ilha de Ishigaki, no sul do Japão (Reuters)

Três destróieres japoneses e um americano zarparam neste sábado de diferentes bases japonesas rumo à província de Okinawa, no sul do país, onde permanecerão em alerta até o controverso lançamento do satélite norte-coreano, previsto para a próxima semana. As quatro embarcações são equipadas com sistemas de intercepção de mísseis Aegis.

As Forças de Autodefesa também instalaram mísseis terra-ar Patriot Advanced Capability-3 nas ilhas de Miyako e Ishigaki, que devem ser sobrevoadas pelo foguete, e nas localidades de Naha e Nanjo, na ilha principal de Okinawa, além de terem transferido cerca de 800 soldados para a região.

O desdobramento faz parte do plano japonês de derrubar o foguete de Pyongyang caso ele ameace o território do país. A Coreia do Sul, vizinha mais próxima do país governado por Kim Jong-un, também avisou que irá optar pela interceptação se o foguete desviar da rota prevista e sobrevoar o seu espaço aéreo.

Apesar de toda a tensão, o executivo japonês acredita que, se o foguete não sair de sua trajetória, a possibilidade de caírem fragmentos no arquipélago é pequena.

Ameaça norte-coreana - Na última quinta-feira, o governo da Coreia do Norte voltou a defender a "natureza pacífica" do lançamento e advertiu que, para Pyongyang, a derrubada do foguete será considerada uma "declaração de guerra".

Histórico - A Coreia do Norte anunciou em meados de março o lançamento de um foguete, entre 12 e 16 de abril, para colocar em órbita um satélite de observação de uso civil, mas os Estados Unidos e seus aliados estimam que trata-se de um teste de míssil balístico de longo alcance. Apesar da pressão internacional, Pyongyang persiste em colocar o plano em prática.

(Com agência EFE)

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