O presidente Michel Temer durante Fórum de Investimentos Brasil 2018 em São Paulo, em 29 de maio de 2018 - AFP
O presidente Michel Temer declarou nesta quinta-feira, em
entrevista à TV Brasil, que as denúncias contra ele são uma tentativa de
“esquartejamento político e moral” visando desmoralizar o governo.
Temer é investigado em dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal
(STF), incluindo o que apura o suposto pagamento de suborno para a
edição de um decreto sobre portos.
O outro inquérito está relacionado ao repasse de 10 milhões de reais da construtora Odebrecht ao MDB.
“Há um certo esquartejamento político e moral que se faz em relação
ao presidente da República. Eu lamento dizer que este não é um movimento
investigativo. É um movimento político, é uma questão política com
vistas a desmoralizar o governo com gestos ilegais”.
Na entrevista, Temer criticou os pedidos de prorrogação das
investigações acatados pelo Supremo. “Por que se pede a prorrogação?
Porque o sujeito pesquisa, pesquisa, pesquisa o objeto do inquérito e
verifica que não há nada. Então, ele quer pedir uma nova prorrogação e
foge do objeto do inquérito”.
Temer se disse “vilipendiado” com investigações que “buscam coisas de 1998 (…) arquivadas várias vezes”.
“Isto é insuportável, mas interessante. Isso não paralisa o governo.
Estas coisas tentam desmoralizar o governo, mas ao contrário de me
desvitalizar, me vitaliza. Por isso que nós continuamos”, declarou o
presidente.
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