25 de jun. de 2018

Avião brasileiro cai e mata um


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Super Tucano, fabricado pela brasileira Embraer, é considerado a melhor aeronave de sua categoria ( FOTO: FAB )
Ecaterimburgo. O aviador da Marinha americana Christopher Casey Short morreu devido à queda de um turboélice A-29 Super Tucano, fabricado pela Embraer. O acidente ocorreu durante um exercício de ataque leve no Novo México, na sexta.
Short e outro piloto testavam a aeronave, que está na fase final de uma competição internacional para o fornecimento de modelos leves de ataque e reconhecimento. Segundo comunicado da base de Holloman, o segundo aviador se feriu levemente.
O avião brasileiro é ofertado em conjunto com a americana Sierra Nevada e montado na Flórida. Seu rival é o americano AT-6B Wolverine.
A queda ainda não teve a causa determinada. A Embraer irá colaborar com as investigações, mas a notícia reduz as chances do Super Tucano na competição. O objetivo dos EUA é comprar inicialmente 15 aviões e testá-los como substitutos do A-10 Warthog (javali, em inglês).
No ar desde 1977, o A-10 usa armamento e blindagem pesada em voos subsônicos a jato. Quem ganhar poderá ter acesso a um nicho potencial para fornecer até 120 aviões nos próximos anos. Os americanos estão procurando opções mais econômicas.
O problema do A-10, usado em conflitos americanos desde a Guerra do Golfo de 1991, é que ele custa US$ 17 mil (R$ 64 mil) a hora-voo. A depender da configuração, o valor da hora-voo do Super Tucano cai para US$ 1.500 (R$ 5.600). O avião brasileiro é considerado o melhor do mundo em sua categoria. Mas está tendo uma carreira complicada nos EUA.
Falha
Em 2014, os americanos compraram 20 Super Tucano para a Força Aérea do Afeganistão. No ano passado, um dos aparelhos sofreu uma falha de potência e caiu na Geórgia - o instrutor americano e o aluno afegão conseguiram se ejetar em segurança.
Em janeiro, o Super Tucano e o americano Hawker Beechcraft AT-6B Wolverine derrotaram cinco concorrentes e passaram para a fase de testes.
O programa, conhecido como OA-X, poderia abrir de vez o mercado militar americano para a Embraer. Ao todo, a empresa já vendeu 26 Super Tucano à Força Aérea dos EUA.

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