20 de ago. de 2015

Denúncia não altera tramitação de pedidos de impeachment de Dilma, diz Cunha

Prestes a ser denunciado pelo Ministério Público, presidente da Câmara afirmou que a 'institucionalidade' de seu cargo será mantida

AE

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No dia em que deve ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República no âmbito da Operação Lava Jato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quinta-feira, 20, que a institucionalidade de seu cargo "continua exatamente da mesma forma". O deputado ressaltou que não tem expectativa nem comentários sobre a possibilidade de ser denunciado.

Antes da abertura de sessão no plenário, Cunha foi questionado sobre os pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff que tramitam na Casa. "O processo é exatamente do jeito que estava indo", disse. "O que eu decidir é dentro da mesma ambiência técnica que eu estava seguindo".

Cunha comentou ainda a nota divulgada na manhã desta quinta pelo centro de informática da Câmara, que informou que a busca da Polícia Federal no edifício extraiu somente os registros de Cunha e da ex-deputada do PMDB Solange Almeida, e não de todos os deputados. Na véspera, o presidente havia afirmado que iria provar que os dados coletados na busca foram de todos os parlamentares.

Nesta quinta, o presidente da Câmara baixou o tom. "Eu não disse que extraíram os dados, disse que tiveram acesso", afirmou. "Eles coletaram, coletaram do sistema. O que eles copiaram ou o que eles levaram é o que eles colocaram no processo."

O peemedebista afirmou ainda que ida da Polícia Federal ao prédio para busca não era necessária. "Bastava ter notificado e teria sido fornecido exatamente o que eles notificaram. Não precisaria ter sido feita a busca", afirmou.

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