Do G1, em São Paulo Os Correios informaram em nota que, apesar da paralisação parcial deflagrada por funcionários em alguns estados do país nesta quinta-feira (12), toda a rede de atendimento está aberta e 93,3% do efetivo está presente e trabalhando.
"Os Correios estão operando com normalidade em todo o Brasil", afirmou a empresa, em comunicado. Segundo a estatal, o percentual de 93,3% "corresponde a 116.165 empregados, número apurado por meio de sistema eletrônico de presença".
Segundo a estatal, com exceção dos serviços de entrega de encomendas com hora marcada e do Disque Coleta, todos os serviços, incluindo o Sedex e o Banco Postal estão disponíveis. "Entretanto, algumas entregas — como por exemplo a de telegramas — podem ter atraso", informa a empresa.Funcionários dos Correios fazem paralisação em pelo menos cinco estados. De acordo com os Correios, seis dos 35 sindicatos do Brasil realizaram assembleias e decidiram deflagrar paralisação nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Tocantins e São Paulo (região metropolitana e Bauru).
"Para garantir a prestação de serviços à população, os Correios estão aplicando o Plano de Continuidade de Negócios, que inclui ações como deslocamento de empregados entre as unidades, contratações temporárias, realização de horas extras e mutirões para entrega nos fins de semana", acrescenta a nota.
Entre outras reivindicações, os funcionários dos Correios querem reajuste de 10% no piso salarial da categoria, reposição da inflação, aumento real de 6% e a manutenção do atual convênio médico.
Os Correios informaram que "em busca de acordo", convidaram as entidades sindicais para reuniões na tarde desta quinta-feira.
Paralisações nos estados
No Rio Grande do Norte, os funcionários dos Correios se reuniram em assembleia na noite de quarta-feira e, de acordo com o presidente do sindicato da categoria, José Edilson, deliberaram que não iriam aderir à paralisação. A assessoria de comunicação dos Correios no RN informou que os funcionários trabalham normalmente nesta quinta.
No Rio Grande do Norte, os funcionários dos Correios se reuniram em assembleia na noite de quarta-feira e, de acordo com o presidente do sindicato da categoria, José Edilson, deliberaram que não iriam aderir à paralisação. A assessoria de comunicação dos Correios no RN informou que os funcionários trabalham normalmente nesta quinta.
Segundo o sindicato da categoria em São Paulo (Sintect-SP), 55 mil funcionários dos Correios cruzam os braços nesta quinta, o equivalente, na estimativa da assessoria do sindicato, a 50% da categoria em todo o país. O Sintect-SP informou ainda que a greve afeta 70% do fluxo postal no país. O Sintect-SP informou também que a categoria realizará nesta quinta passeata em São Paulo, na Avenida Paulista.
Consultada pelo G1, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), que representa a categoria, afirmou que a maior parte destes sindicatos que entraram em greve se desfiliaram da entidade no ano passado.
Rio Grande do Sul e Pernambuco pertencem à federação, mas, de acordo com a assessoria de imprensa, "a categoria tem prerrogativa de deflagrar greve".
A Fentect informa que fará assembleias no próximo dia 17 e, se não houver nova proposta dos Correios, também deve dar início à paralisação dos trabalhadores no dia 18. A entidade representa 29 sindicatos de todo o país.
A categoria pede 15% de aumento real, mais reposição da inflação entre agosto de 2012 e julho deste ano (7,13%), reposição das perdas salariais desde o plano real (algo em torno de 20%), entre outras reivindicações.
Negociação
A empresa ofereceu reajuste de 5,27% sobre os salários e benefícios. “Este índice, somado à progressão anual concedida no ano passado, equivale ou ultrapassa os índices inflacionários do período, impedindo perdas aos trabalhadores”, segundo a ECT.
A empresa ofereceu reajuste de 5,27% sobre os salários e benefícios. “Este índice, somado à progressão anual concedida no ano passado, equivale ou ultrapassa os índices inflacionários do período, impedindo perdas aos trabalhadores”, segundo a ECT.
Segundo os Correios, o impacto dos itens econômicos das entidades sindicais "são impraticáveis".
"A pauta da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect) tem custo anual de R$ 31,4 bilhões — quase o dobro da previsão de receita dos Correios para este ano ou o equivalente a 50 folhas mensais de pagamento da ECT. No caso dos sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins, Rio Grande do Norte, Bauru e Rondônia (desfiliados da Fentect), o custo é de R$ 4,6 bilhões por ano — mais do que o custo de manutenção da rede de agências de todo Brasil em 2012", diz a nota.
"Entre 2003 e 2012, o ganho real dos trabalhadores dos Correios foi de 36,91%, acima da inflação do período. Hoje, a empresa paga em média uma remuneração de R$ 2.149,72 aos carteiros, considerando o salário e os adicionais como anuênio, quinquênio e adicional de distribuição e coleta, entre outros. Todos os trabalhadores dos Correios também têm benefícios como assistência médica, hospitalar e odontológica, inclusive para dependentes.
A ECT destina atualmente 65% de sua receita de vendas ao pagamento dos salários, benefícios e encargos", informam os Correios..
A ECT destina atualmente 65% de sua receita de vendas ao pagamento dos salários, benefícios e encargos", informam os Correios..
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