12 de set. de 2013

Correios afirmam que mais de 90% do efetivo está trabalhando

Do G1, em São Paulo   Os Correios informaram em nota que, apesar da paralisação parcial deflagrada por funcionários em alguns estados do país nesta quinta-feira (12), toda a rede de atendimento está aberta e 93,3% do efetivo está presente e trabalhando.
"Os Correios estão operando com normalidade em todo o Brasil", afirmou a empresa, em comunicado. Segundo a estatal, o percentual de 93,3% "corresponde a 116.165 empregados, número apurado por meio de sistema eletrônico de presença".
Segundo a estatal, com exceção dos serviços de entrega de encomendas com hora marcada e do Disque Coleta, todos os serviços, incluindo o Sedex e o Banco Postal estão disponíveis. "Entretanto, algumas entregas — como por exemplo a de telegramas — podem ter atraso", informa a empresa.Funcionários dos Correios fazem paralisação em pelo menos cinco estados. De acordo com os Correios, seis dos 35 sindicatos do Brasil realizaram assembleias e decidiram deflagrar paralisação nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Tocantins e São Paulo (região metropolitana e Bauru).
"Para garantir a prestação de serviços à população, os Correios estão aplicando o Plano de Continuidade de Negócios, que inclui ações como deslocamento de empregados entre as unidades, contratações temporárias, realização de horas extras e mutirões para entrega nos fins de semana", acrescenta a nota.
Entre outras reivindicações, os funcionários dos Correios querem reajuste de 10% no piso salarial da categoria, reposição da inflação, aumento real de 6% e a manutenção do atual convênio médico.
Os Correios informaram que "em busca de acordo", convidaram as entidades sindicais para reuniões na tarde desta quinta-feira.
Paralisações nos estados
No Rio Grande do Norte, os funcionários dos Correios se reuniram em assembleia na noite de quarta-feira e, de acordo com o presidente do sindicato da categoria, José Edilson, deliberaram que não iriam aderir à paralisação. A assessoria de comunicação dos Correios no RN informou que os funcionários trabalham normalmente nesta quinta.
Segundo o sindicato da categoria em São Paulo (Sintect-SP), 55 mil funcionários dos Correios cruzam os braços nesta quinta, o equivalente, na estimativa da assessoria do sindicato, a 50% da categoria em todo o país. O Sintect-SP informou ainda que a greve afeta 70% do fluxo postal no país. O Sintect-SP informou também que a categoria realizará nesta quinta passeata em São Paulo, na Avenida Paulista.
Consultada pelo G1, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), que representa a categoria, afirmou que a maior parte destes sindicatos que entraram em greve se desfiliaram da entidade no ano passado.
Rio Grande do Sul e Pernambuco pertencem à federação, mas, de acordo com a assessoria de imprensa, "a categoria tem prerrogativa de deflagrar greve".
A Fentect informa que fará assembleias no próximo dia 17 e, se não houver nova proposta dos Correios, também deve dar início à paralisação dos trabalhadores no dia 18. A entidade representa 29 sindicatos de todo o país.
A categoria pede 15% de aumento real, mais reposição da inflação entre agosto de 2012 e julho deste ano (7,13%), reposição das perdas salariais desde o plano real (algo em torno de 20%), entre outras reivindicações.
Negociação
A empresa ofereceu reajuste de 5,27% sobre os salários e benefícios. “Este índice, somado à progressão anual concedida no ano passado, equivale ou ultrapassa os índices inflacionários do período, impedindo perdas aos trabalhadores”, segundo a ECT.
Segundo os Correios, o impacto dos itens econômicos das entidades sindicais "são impraticáveis".
"A pauta da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect) tem custo anual de R$ 31,4 bilhões — quase o dobro da previsão de receita dos Correios para este ano ou o equivalente a 50 folhas mensais de pagamento da ECT. No caso dos sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins, Rio Grande do Norte, Bauru e Rondônia (desfiliados da Fentect), o custo é de R$ 4,6 bilhões por ano — mais do que o custo de manutenção da rede de agências de todo Brasil em 2012", diz a nota.
"Entre 2003 e 2012, o ganho real dos trabalhadores dos Correios foi de 36,91%, acima da inflação do período. Hoje, a empresa paga em média uma remuneração de R$ 2.149,72 aos carteiros, considerando o salário e os adicionais como anuênio, quinquênio e adicional de distribuição e coleta, entre outros. Todos os trabalhadores dos Correios também têm benefícios como assistência médica, hospitalar e odontológica, inclusive para dependentes.
A ECT destina atualmente 65% de sua receita de vendas ao pagamento dos salários, benefícios e encargos", informam os Correios..

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