Marielle Franco foi morta a tiros dentro de um carro; ela era militante do movimento negro e denunciava violência policial

A vereadora Marielle Franco (PSOL) foi morta
na noite desta quarta (14) na rua Joaquim Palhares, no Estácio, zona
norte do Rio. Ela e o seu motorista foram baleados. A Polícia interditou
a rua e realiza uma perícia no local.
Nascida e criada no Complexo da Maré, uma das regiões mais violentas da
cidade, Marielle foi a quinta vereadora mais votada do Rio nas eleições
de 2016 com 46.502 votos. Na Câmara, presidia a Comissão da Mulher. Na
Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), assessorou o deputado
estadual Marcelo Freixo na coordenação da Comissão de Defesa dos
Direitos Humanos.
Socióloga e mestre em administração pública, escolheu a UPP (Unidade de
Polícia Pacificadora) como tema da tese de mestrado na UFF
(Universidade Federal Fluminense) -o título do trabalho é "UPP: a
Redução da Favela a Três Letras".
Em seu site, ela afirma ter iniciado sua militância em direitos humanos
após ingressar no curso pré-vestibular da comunidade e perder uma
amiga, "vítima de bala perdida, num tiroteio entre policiais e
traficantes no Complexo da Maré".
Marielle era contra a intervenção federal na segurança pública do Rio.
No mês passado, ela disse que a intervenção militar era uma farsa. "E
não é conversa de hashtag. É farsa mesmo. Tem a ver com a imagem da
cúpula da segurança pública, com a salvação do PMDB, tem relação com a
indústria do armamentismo", afirmou.
Até as 22h30 não estava esclarecido se a vereadora foi alvo de assaltantes ou se foi vítima de uma execução.
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