O ex-jogador publicou texto em sua página no Facebook em que protesta contra o fato das obras emergenciais dos estádios não necessitarem de licitação, o que pode dar margem a casos de corrupção
Romário durante coletiva de imprensa, em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters )
O ex-jogador e deputado federal Romário, um dos principais críticos à organização da Copa do Mundo de 2014, declarou temer que o campeonato se torne o "maior roubo da história do país", tudo por causa da má gestão dos políticos brasileiros envolvidos.
"Esta palhaçada vai piorar quando faltar um ano e meio para o mundial. O pior está por vir, porque o governo irá viabilizar as obras emergenciais, que não precisam de licitações. Por isso, estamos fadados a assistir ao maior roubo da história do Brasil", escreveu Romário em sua página no Facebook.
Para o ex-jogador, o governo engana o povo, e a presidente Dilma Rousseff "está sendo enganada ou se deixa enganar quando afirma que a Copa no Brasil será a melhor edição de todos os tempos".
Romário criticou a ausência de deputados na reunião entre o presidente da Fifa, Joseph Blatter, e Dilma, na última sexta-feira, quando foi discutido o projeto da Lei Geral da Copa, que deve ser votado na Câmara Federal ainda esta semana.
Após a reunião, Blatter revelou que Dilma lhe deu amplas e plenas garantias de que o Brasil respeitará todos os compromissos assumidos com a Fifa, o que inclui a permissão de vender bebidas alcoólicas nos estádios, um dos pontos considerados mais polêmicos pelo Congresso.
Romário convidou os brasileiros a se manifestar e disse que o povo tem toda a razão ao reivindicar e exigir mais seriedade por parte dos políticos e maior responsabilidade nas questões relativas à Copa do Mundo no Brasil.
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