A abençoada Marcha da Família com Deus pela liberdade que salvou o Brasil da escravidão comunista.
“De há muito, a esquerda empenha-se em impingir ao povo a tese de que lutara contra o Governo Militar em defesa da democracia. Trata-se do mais desavergonhado embuste. A bem da verdade, convém reavivar a memória nacional, relembrando um dos fatos mais notáveis da nossa história recente: a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”.
Era início de 1964. Os comunistas estavam instalados na administração pública federal, Luís Carlos Prestes retornava de Moscou com o sinal verde para a deflagração da guerra civil no campo e o Presidente João Goulart, além de apoiar abertamente a rebelião esquerdista nas Forças Armadas, anunciava as “reformas de base” no comício da Praça da Central do Brasil, Rio de Janeiro. Pairava sobre a nação a certeza de que a esquerda desfecharia o golpe que colocaria no poder a ditadura do proletariado. Em contrapartida, a direita, liderada por Ademar de Barros, em São Paulo, e por Carlos Lacerda, na Guanabara, mantinha um contingente de aproximadamente 30 mil homens, disposta a enfrentar a ameaça comunista.
Em meio às inquietações daquele fatídico ano, emergia a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, movimento cívico-patriótico nascido da necessidade de conscientizar a população brasileira da crescente vaga comunista que afligia o país. Em 19 de março, meio milhão de brasileiros de todos os recantos, homens e mulheres de todos os credos e de todas as raças, dispostos a defender a Constituição e os princípios da democracia, formaram uma torrente humana que seguia da Praça da República à Praça da Sé, passando pela Rua Barão de Itapetininga, Praça Ramos de Azevedo, Viaduto do Chá, Praça do Patriarca e Rua Direita, para finalmente aglomerar-se ao pé das escadarias da Catedral Metropolitana. Bandas de música, bandeiras de todos os Estados da Federação, centenas de cartazes, compuseram o cenário da maior manifestação popular vista até então em São Paulo. Ali, rogaram, pediram a Deus e aos homens de boa vontade pelo destino da Nação. Muitos foram os que discursaram. O Senador Padre Calazans, do alto das escadarias da Catedral da Sé, definia o verdadeiro propósito da Marcha: “Hoje é o dia de São José, padroeiro da família, o nosso padroeiro. Fidel Castro é o padroeiro de Brizola. É o padroeiro de Jango. É o padroeiro dos comunistas. Nós somos o povo. Não somos do comício da Guanabara, estipendiado pela corrupção. Aqui estão mais de 500 mil pessoas para dizer ao presidente da Republica que o Brasil quer a democracia, e não o tiranismo vermelho. Vivemos a hora altamente ecumênica da Constituição. E aqui está a resposta ao plebiscito da Guanabara: Não! Não! Não!”.
João Goulart fizera sua derradeira escolha: trocara o mandato presidencial pela liderança revolucionária comunista.
Na noite de 31 de março para 1º de abril, os militares tomaram as ruas. Era a Revolução Redentora, a Contrarrevolução que colocava cobro aos desígnios malevolentes da esquerda. Nossos comunistas, tão ciosos em propalar um pretensioso respaldo militar, puseram-se em fuga feito ratos acovardados buscando asilo em embaixadas. O general Humberto de Alencar Castello Branco assumiu o comando da nação, dando início a um governo digno, preparando as bases do “milagre econômico” e anunciando o desejo de restabelecer prontamente o processo eleitoral no país.
É verdade que, motivado pelo terrorismo da esquerda clandestina, deu-se o ulterior recrudescimento do regime, marcado pela edição do AI-5. Qualquer governo de exceção é passível de censura, mas qualquer crítica que se possa fazer ao Governo Militar jamais poderá implicar em elogio às motivações de nossos famigerados comunistas. Como bem afirma o Filósofo Olavo de Carvalho, “é ridículo supor que, na época, a alternativa ao golpe militar fosse a normalidade democrática. Essa alternativa simplesmente na existia: a revolução destinada a implantar aqui um regime de tipo fidelista com apoio do governo soviético e da Conferência Tricontinental de Havana já ia bem adiantada. Longe de se caracterizar pela crueldade repressiva, a resposta militar brasileira, seja em comparação com os demais golpes de direita na América Latina seja com a repressão cubana, se destacou pela brandura de sua conduta e por sua habilidade de contornar com o mínimo de violência uma das situações mais explosivas já verificadas na história deste continente” .
(“A História Oficial de 1964”, sítio www.olavodecarvalho.org).
Em 2 de abril, a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, agora denominada “Marcha da Vitória”, levou às ruas do Rio de Janeiro um milhão de patriotas.
Por Márcio Luís Chila Freyesleben (Procurador de Justiça, Ministério Público, Minas Gerais)
Fonte: Brasil acima de tudo
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