Em um país dilacerado por disputas sectárias e pelo terrorismo islâmico, os exemplos de coragem e de compaixão de uma senhora de 60 anos são um alento de esperança

"Eu acredito no Iraque e não aceito injustiça", disse Tawaa, que depois da invasão dos jihadistas na base de Spiker, situada na província de Saladino, acolheu vários grupos de soldados - que ela alimentou e ajudou a fugir. Somente na base de Spiker, o grupo terrorista executou em 12 de junho de 2014, um dia após ocupar Tikrit, capital de Saladino, 1.700 "membros xiitas do exército", e publicou vídeos de centenas de homens capturados que, segundo sustentou então, tinham se rendido na base militar de Spiker.
Os iraquianos xiitas do sul do Iraque foram os que decidiram chamar Um Qusai de Um al Iraquiyin (a mãe dos iraquianos), como é conhecida nos meios de comunicação. Hoje ela pronuncia com orgulho seu novo nome e não hesita em descrever o sectarismo como "um câncer que chegou ao Iraque de fora" e insiste que sua solidariedade com os soldados xiitas representa, precisamente, "uma rejeição ao sectarismo".
Refúgio - A "mãe dos iraquianos" considera que na guerra contra o terrorismo as mulheres desempenham um papel muito importante. "Algumas mulheres apoiam seus maridos, filhos e irmãos na luta contra o terrorismo e outras morreram lutando contra os jihadistas". Ela contou também como em uma ocasião, na qual seis soldados chegaram a sua casa buscando refúgio, ela substituiu as fotos de seus verdadeiros filhos pelas dos soldados por prevenção, caso os jihadistas invadissem sua casa.
(Com agência EFE)
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