17 de jan. de 2016

Irã abre 'novo capítulo' com fim das sanções, diz Rohani

Presidente iraniano comemorou o encerramento das medidas restritivas adotadas pelos Estados Unidos e pela União Europeia contra o país

O clérigo reformista Hassan Rohani venceu as eleições presidenciais
Hassan Rohani, presidente do Irã, comemorou o fim das sanções contra o pais(Majid Hagdost/Reuters/VEJA)
O Irã abriu "um novo capítulo" em suas relações com o mundo após o fim das sanções internacionais ao país, afirmou neste domingo o presidente iraniano Hassan Rohani. Anunciado no sábado por Estados Unidos e União Europeia (UE), o encerramento das sanções econômicas contra o Irã faz parte do acordo nuclear firmado em julho do ano passado entre o país islâmico e um grupo de seis potências mundiais - EUA, Grã-Bretanha, França, Rússia, China e Alemanha.

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O anúncio foi feito após a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmar que o Irã cumpriu as exigências para iniciar reduzir sua capacidade nuclear. A confirmação do fim das medidas restritivas também veio horas depois de o Irã ter libertado quatro americanos, incluindo o repórter do The Washington Post Jason Rezaian, em troca de sete iranianos presos nos EUA.
Em um pronunciamento na manhã deste domingo, o presidente do Irã comemorou o fim da sanções. "Nós estendemos a mão para o mundo em sinal de amizade e, deixando para trás as inimizades e suspeitas, abrimos um novo capítulo nas relações do Irã com o mundo", afirmou Rohani.
O governante iraniano também elogiou os diplomatas que trabalharam nas negociações para o acordo nuclear e destacou que o fim das sanções abre uma porta para trazer "prosperidade e progresso ao Irã".
Reação - Israel criticou neste domingo o acordo das potências com o Irã e afirmou que o país islâmico continua buscando desenvolver armas nucleares. "O Irã não abandonou sua aspiração de obter armas nucleares e continuará minando a estabilidade no Oriente médio e divulgando o terrorismo no mundo, ao mesmo tempo em que viola suas obrigações internacionais", declarou o premiê Benjamin Netanyahu, que destacou que Israel "continuará monitorando" todos os passos do acordo, atento a "qualquer violação" por parte do governo iraniano.
EUA - No sábado, o secretário de Estado americano John Kerry afirmou que o acordo torna o Oriente Médio mais seguro, "já que se reduziu o perigo de uma bomba nuclear". "Cada uma das vias para uma bomba nuclear [do Irã] foram fechadas de forma verificável", assegurou Kerry.
(Da redação)

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