Comunidade internacional condena o teste. Especialista diz que a arma 'tinha provavelmente a dimensão da bomba de Hiroshima, mas não era uma bomba de hidrogênio'

O Conselho de Segurança da ONU realizará na manhã desta quarta-feira uma reunião de emergência após o anúncio de Pyongyang. A reunião, durante a qual acontecerão consultas a portas fechadas entre os quinze membros do Conselho, foi solicitada por Estados Unidos e Japão, afirmou o porta-voz da missão americana na ONU, Hagar Chemali. O anúncio do teste de uma bomba H foi uma surpresa. Pyongyang afirmou que foi ordenado pessoalmente pelo ditador norte-coreano Kim Jong-un dois dias antes de seu aniversário.
Kim Jong-un deu a entender no mês passado, em uma inspeção a uma unidade militar, que seu país havia concluído a montagem de uma bomba de hidrogênio, uma declaração que provocou muitas dúvidas entre os especialistas internacionais. O ceticismo não foi menor nesta quarta-feira. "Esta arma tinha provavelmente a dimensão da bomba americana de Hiroshima, mas não era uma bomba de hidrogênio. Se trata de fissão", afirmou à BBC Bruce Bennett, analista e especialista em defesa da Rand Corporation. "A explosão que teriam obtido seria no mínimo dez vezes superior ao que conseguiram", completou.
As primeiras suspeitas sobre um novo teste norte-coreano foram formuladas por sismólogos que detectaram um tremor de 5,1 graus de magnitude perto da principal zona de testes nucleares da Coreia do Norte, no nordeste do país. A organização responsável pela aplicação do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares, com sede em Viena, afirmou ter detectado uma atividade sísmica "incomum" na Coreia do Norte.
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