Moeda americana encerrou a terça-feira cotada em R$ 2,61
AE
No fim da sessão, o dólar terminou com baixa de 1,28%, aos R$
2,6160. O volume de negócios totalizava cerca US$ 1 bilhão, perto das
16h30. No mercado futuro, o dólar para fevereiro perdia 1,37%, para R$
2,6260.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou, na noite de ontem,
que o governo decidiu dobrar a alíquota do Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF), de 1,5% para 3%, a partir de 1º de fevereiro. Além
disso, informou o retorno da Contribuição de Intervenção no Domínio
Econômico (Cide) - R$ 0,22 por litro de gasolina -; o aumento do
PIS/Cofins sobre a gasolina e o diesel; a alteração da cobrança do
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor de
cosméticos; e o aumento da alíquota do PIS/Cofins sobre importados.
As medidas provocaram queda do dólar ante o real desde o início dos
negócios, apesar de a moeda norte-americana subir ante outras divisas
no exterior. Profissionais do mercado disseram, pela manhã, que o dólar
foi pressionado no mercado doméstico por um fluxo de entrada de
investidores estrangeiros. As expectativas em torno de um aumento de
juros no Brasil, amanhã, e um anúncio de um programa de relaxamento
monetário na Europa, na quinta-feira, atraem investidores interessados
em aproveitar o diferencial dos rendimentos no âmbito doméstico e no
exterior.
Durante a tarde, o dólar renovou mínimas na sessão, ainda sob o
impacto do pacote de aumento de impostos e um movimento de ajuste, após
os fortes ganhos registrados perto do fechamento dos negócios no balcão
ontem. A moeda acelerou a alta no fim da tarde da segunda-feira após a
notícia de que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) tinha
ordenado a empresas do setor que cortassem o fornecimento de energia.
O ONS estava reunido nesta tarde para discutir as razões que
levaram ao apagão que atingiu dez estados e o Distrito Federal na tarde
de ontem. O encontro, que acontece no Rio, é presidido pelo diretor da
ONS, Hermes Chipp. A reunião não tem prazo para apresentar conclusões
sobre as causas do apagão. Há também a possibilidade de o encontro ser
interrompido no final da tarde e continuar amanhã.
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse na tarde de
hoje que não houve falta de energia ontem, mas falha técnica na
transmissão da energia. Segundo ele, o ONS irá adotar novas manobras
para oferecer energia com tranquilidade à população.
Nenhum comentário:
Postar um comentário