10 de set. de 2014

Senador diz que renuncia se elo com petrolão for comprovado

Presidente do PP, Ciro Nogueira disse que demitiu assessor que viajou com passagem custeada pelo doleiro Alberto Youssef

O senador Ciro Nogueira em Brasília
O senador Ciro Nogueira em Brasília (Lia de Paula/Agência Senado/VEJA)
O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), enviou uma carta nesta terça-feira ao juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela Operação Lava-Jato, na qual afirma que renunciará ao mandato se for comprovado algum vínculo entre ele e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Reportagem de VEJA desta semana revelou que Paulo Roberto aceitou acordo de delação premiada e listou políticos e partidos que se beneficiaram do esquema de desvios da Petrobras – Ciro Nogueira é um deles. "Comprometo-me a renunciar ao mandato de senador se houver alguma vinculação financeira, alguma vinculação que possa ter desvio de ética, de conduta, com essas pessoas", afirmou o senador. O parlamentar disse ainda que abre mão de qualquer tipo de segredo de Justiça.
Nesta terça-feira, reportagem do jornal O Estado de S. Paulo afirma que o doleiro Alberto Youssef, pivô da Lava-Jato, teria pago passagens aéreas para assessores de Ciro Nogueira e do senador paraibano Cícero Lucena (PSDB). Segundo Ciro, o assessor Mauro Conde Soares foi exonerado do cargo. "Não há nada de verdadeiro em alegações que me coloquem como partícipe de qualquer comportamento censurável no que concerne a Petrobras ou seus ex-diretores", disse o senador, em nota.
Mauro Conde Soares, que assessora Nogueira desde o início do mandato do parlamentar, e Luiz Paulo Gonçalves de Oliveira, que trabalha com Lucena há oito anos, voaram de Brasília para São Paulo, em 4 de janeiro de 2012. O boleto foi faturado pela Arbor Contábil, empresa da contadora do doleiro, Meire Poza, que ajuda a PF nas investigações sobre o caso.
Ciro Nogueira negou conhecer Alberto Youssef, mas admitiu ter participado de encontros com Paulo Roberto Costa no período em que ele era diretor de Abastecimento da estatal. Em nota, o senador alega que se encontrou com Paulo Roberto em audiências públicas para tratar de investimentos da estatal em seu Estado, o Piauí. O senador informou ainda ter pedido acesso ao depoimento feito pelo ex-diretor da Petrobras
 
VEJA

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