Ministro do STF liberou documentos da Operação Lava Jato à Comissão
da redação com AE
A convocação de Costa, suspeito de integrar uma quadrilha de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, já havia sido aprovada em 3 de junho pela CPI mista, por meio de um requerimento apresentado pela liderança do DEM na Câmara. No entanto, a direção do colegiado ainda não havia agendado a data do depoimento. "Queremos ouvi-lo durante esse processo. Até lá, a nossa assessoria vai tomar as providências cabiveis para o traslado do Paulo Roberto para a comissão", disse o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente da comissão.
Vital do Rêgo disse ainda disse que precisa ouvir o mais rápido possível Paulo Roberto da Costa. Já o líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), afirmou que o depoimento do ex-diretor de abastecimento, sem a conclusão de todo o processo de delação premiada, pode ser inócuo. "Ele pode vir aqui e não falar nada", apontou Cunha. "É um gesto que o Congresso não pode deixar de fazer", afirmou o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN).
O senador Vital informou também ter tomando outras duas providências para apurar a situação envolvendo as denúncias do ex-diretor da petroleira. A primeira medida foi ter enviado ofício ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, e ao juiz federal Sérgio Moro, pedindo o compartilhamento de dados referentes ao acordo de delação premiada firmado com Costa. A segunda medida foi pedir um audiência com Zavascki para discutir o caso que, por envolver parlamentares, deverá ser analisado pelo Supremo, caso sejam confirmados indícios de envolvimento. Os integrantes da CPI mista querem o respaldo do Supremo para a decisão de ter acesso à delação premiada.
O primeiro pedido do senador Vital foi atendido nesta tarde e o
ministro do Supremo Teori Zavascki encaminhou os documentos referentes à
Operação Lava Jato, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro, à
CPI mista. O ministro do Supremo alertou que a comissão deverá tomar
providências para evitar o vazamento do teor dos documentos, segundo a
assessoria de imprensa do tribunal.A secretaria da comissão não deu mais
detalhes se entre os papéis está incluído o depoimento da delação
premiada de Paulo Roberto Costa.
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