10 de jun. de 2014

Com 59% dos votos, PMDB decide manter apoio a Dilma

Convenção nacional decidiu apoiar a aliança nacional com o PT, apesar de 39% de votos dissidentes

Terra
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O PMDB decidiu nesta terça-feira, por 398 (59,14%) votos a 275 (40,86%), pela manutenção da aliança com o PT em nível nacional. O vice-presidente Michel Temer permanecerá na chapa da petista Dilma Rousseff, que tentará a reeleição em outubro.

O resultado demonstra a força da dissidência do PMDB, com 275 votos contrários à aliança com o PT. Após a divulgação do resultado, Temer disse que não há derrotados ou vencidos na votação e prometeu mais espaço para o partido em um eventual segundo mandato.

“Essa convenção não tem vencedores e vencidos. Tem um único vencedor que é o PMDB. Sempre tivemos divergência, mas sempre tivemos uma unidade daquele PMDB que quer trazer o maior número de deputados e senadores para o Congresso”, disse.

O peemedebista prometeu que o partido não será apenas um aliado, mas "o próprio governo. “Creio que nós vamos ter uma presença muito ativa. Porque vocês sabem que nós somos os fiadores da democracia deste País e vamos continuar sendo. Nós teremos uma participação muito efetiva. Não seremos apenas aliados, seremos o próprio governo”, disse Temer.

Ontem, o vice-presidente foi à Câmara dos Deputados pedir votos em diferentes reuniões de grupos do PMDB. O aliado de Dilma não se mostrou preocupado diante da perspectiva de pelo menos 30% de votos contrários. "Se eu tiver 51%, está ótimo", disse.

Após a convenção, Temer considerou que o partido sai fortalecido da convenção e que a chapa deve sair vitoriosa. Ele disse que o PMDB deve brigar por uma presença mais forte em ações sociais e políticas de saúde e educação - o partido quer uma candidatura própria em 2018.

O mal-estar com o PMDB se agravou neste ano na Câmara, quando a bancada da legenda anunciou sua independência e articulou a criação de um bloco envolvendo partidos da base aliada descontentes. No Rio de Janeiro, peemedebistas criaram um bloco de apoio ao tucano Aécio Neves, pré-candidato à Presidência.

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