Caberá ao novo ministro analisar os pedidos de trabalho externo dos condenados pelo STF
As defesas dos condenados que tiveram trabalho externo cassado aguardam que os recursos contra a decisão de Barbosa sejam julgados pelo plenário do STF. No início deste mês, em parecer enviado ao STF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a revogação da decisão que cassou o benefício de trabalho externo do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, também condenado no processo do mensalão.
Segundo o procurador, o entendimento de que não é necessário o cumprimento de um sexto da pena, firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, é acertado. Para Janot, não há previsão legal que exija o cumprimento do lapso temporal para concessão do trabalho externo a condenados em regime semiaberto.
No mês passado, para cassar os benefícios, Barbosa entendeu que Dirceu, Delúbio e outros condenados no processo não podem trabalhar fora por não terem cumprido um sexto da pena em regime semiaberto. Com base no entendimento, Dirceu nem chegou a ter o benefício autorizado para trabalhar em escritório de advocacia em Brasília.
Na decisão, assinada ontem, em que renunciou ao processo, Barbosa disse que advogados passaram a atuar politicamente no processo, por meio de manifestos e insultos pessoais. Ele citou o fato envolvendo Luiz Fernando Pacheco, advogado do ex-deputado José Genoino. Na semana passada, Barbosa determinou que seguranças retirassem o profissional do plenário.
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