O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, confirmou ontem que entregou um novo parecer técnico ao Ministro da Defesa, Nelson Jobim, sobre a licitação F-X2, que prevê a compra de 36 caças supersônicos para a Força Aérea Brasileira (FAB). O relatório original, elaborado pela comissão técnica que trabalha no processo de seleção há quase dois anos, no entanto, segundo ele, não foi alterado.
Saito disse ainda que qualquer dos três aviões atende bem à FAB, sem citar sua preferência por nenhum deles, e comentou que caberá ao governo a decisão de indicar o melhor avião para o país. O novo parecer técnico, segundo o comandante, foi feito porque a francesa Dassault não havia honrado o compromisso, assumido com o governo brasileiro pelo presidente Nicolas Sarkozy, quando esteve no Brasil, em setembro do ano passado, de reduzir o preço das aeronaves.
"Na proposta final enviada para a FAB, a empresa francesa não havia reduzido seus preços e o governo cobrou isso dela. Então nós fizemos esse parecer que incluiu essa modificação solicitada pelo governo brasileiro", explicou. Saito não confirmou que o caça francês Rafale teria sido indicado como a melhor opção no novo parecer técnico elaborado a pedido de Jobim. "Não posso dizer qual foi a indicação. Esse relatório está cercado de confidencialidade", disse.
O novo documento, segundo o comandante da Aeronáutica, foi feito sem a participação da comissão técnica designada pela FAB para gerenciar o processo de seleção dos caças. Saito participou ontem da cerimônia militar de posse do novo diretor-geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), brigadeiro Ailton dos Santos Pohlmann. O cargo era ocupado pelo brigadeiro Cleonilson Nicácio da Silva, que acaba de assumir a chefia do Estado-Maior da Aeronáutica (Emaer), em Brasília. Segundo o brigadeiro Nicácio, o novo diretor do DCTA assume o cargo com o desafio de recompor o quadro técnico da instituição, que registra hoje déficit de mil pessoas, entre engenheiros, técnicos e pesquisadores. "O governo está cuidando disso e o processo de contratação de pessoal já foi para análise no Ministério da Defesa e será encaminhado em breve para o Planejamento."
O objetivo da FAB é elevar para 5 mil o número de funcionários civis dedicados às áreas de pesquisa e desenvolvimento do DCTA. Com a recomposição, a FAB esperar resolver um dos principais gargalos do programa de desenvolvimento do Veículo Lançador de Satélites (VLS) e acelerar o cronograma de lançamento do foguete. "Tivemos problemas com a reconstrução da plataforma de lançamento em Alcântara (MA), mas a ideia é lançar o VLS antes de 2014", disse o comandante da Aeronáutica. O projeto do veículo, de acordo com Nicácio, é considerado a prioridade número um entre os projetos do DCTA na área espacial.
Novo cargueiro cria oportunidades no segmento de defesa
O projeto do novo avião de transporte militar da Embraer, o cargueiro KC-390, é o carro chefe da estratégia de crescimento da área de defesa da companhia, que em 2009 registrou um faturamento de US$ 500 milhões e representou cerca de 9% da receita. "Para 2010 estamos prevendo um faturamento de US$ 650 milhões na área de defesa. O valor representa mais de 12% da receita global projetada para a Embraer em 2010", disse o vice presidente executivo Financeiro e de Relações com Investidores da Embraer, Luiz Carlos Aguiar.
Até o fim do ano, segundo o executivo, a Embraer pretende iniciar a comercialização do KC-390. "Existem hoje no mercado internacional dois mil aviões cargueiros em fase final de vida útil. A nossa expectativa é a de capturar 10% da renovação dessa frota, a maioria do modelo C-130 Hércules, um mercado estimado em 200 aviões em dez anos", afirmou.
Sobre a possibilidade de venda de um número superior a 100 aeronaves Super Tucano para a Força Aérea dos Estados Unidos, Aguiar disse que não se trata de uma venda simples. "Os EUA estão com um problema de crescimento econômico sério e, numa situação dessas, a tendência é que a compra seja feita internamente." A Embraer, segundo ele, não se associou a nenhuma empresa americana para participar dessa licitação.
Na opinião do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, o acordo militar assinado esta semana entre o Brasil e EUA, pode favorecer a venda do Super Tucano para a Força Aérea americana. "Estamos acompanhando de perto a negociação e torcendo para que a Embraer consiga exportar os aviões", disse. A Força Aérea Brasileira (FAB) é a proprietária do projeto do Super Tucano, desenvolvido pela Embraer. A empresa recebeu encomenda de 99 aeronaves da FAB e já entregou 85. O Super Tucano da FAB, conhecido pela sigla A-29, opera nas unidades de caça instaladas em Boa Vista, Porto Velho e Campo Grande. (VS)
Saito disse ainda que qualquer dos três aviões atende bem à FAB, sem citar sua preferência por nenhum deles, e comentou que caberá ao governo a decisão de indicar o melhor avião para o país. O novo parecer técnico, segundo o comandante, foi feito porque a francesa Dassault não havia honrado o compromisso, assumido com o governo brasileiro pelo presidente Nicolas Sarkozy, quando esteve no Brasil, em setembro do ano passado, de reduzir o preço das aeronaves.
"Na proposta final enviada para a FAB, a empresa francesa não havia reduzido seus preços e o governo cobrou isso dela. Então nós fizemos esse parecer que incluiu essa modificação solicitada pelo governo brasileiro", explicou. Saito não confirmou que o caça francês Rafale teria sido indicado como a melhor opção no novo parecer técnico elaborado a pedido de Jobim. "Não posso dizer qual foi a indicação. Esse relatório está cercado de confidencialidade", disse.
O novo documento, segundo o comandante da Aeronáutica, foi feito sem a participação da comissão técnica designada pela FAB para gerenciar o processo de seleção dos caças. Saito participou ontem da cerimônia militar de posse do novo diretor-geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), brigadeiro Ailton dos Santos Pohlmann. O cargo era ocupado pelo brigadeiro Cleonilson Nicácio da Silva, que acaba de assumir a chefia do Estado-Maior da Aeronáutica (Emaer), em Brasília. Segundo o brigadeiro Nicácio, o novo diretor do DCTA assume o cargo com o desafio de recompor o quadro técnico da instituição, que registra hoje déficit de mil pessoas, entre engenheiros, técnicos e pesquisadores. "O governo está cuidando disso e o processo de contratação de pessoal já foi para análise no Ministério da Defesa e será encaminhado em breve para o Planejamento."
O objetivo da FAB é elevar para 5 mil o número de funcionários civis dedicados às áreas de pesquisa e desenvolvimento do DCTA. Com a recomposição, a FAB esperar resolver um dos principais gargalos do programa de desenvolvimento do Veículo Lançador de Satélites (VLS) e acelerar o cronograma de lançamento do foguete. "Tivemos problemas com a reconstrução da plataforma de lançamento em Alcântara (MA), mas a ideia é lançar o VLS antes de 2014", disse o comandante da Aeronáutica. O projeto do veículo, de acordo com Nicácio, é considerado a prioridade número um entre os projetos do DCTA na área espacial.
Novo cargueiro cria oportunidades no segmento de defesa
O projeto do novo avião de transporte militar da Embraer, o cargueiro KC-390, é o carro chefe da estratégia de crescimento da área de defesa da companhia, que em 2009 registrou um faturamento de US$ 500 milhões e representou cerca de 9% da receita. "Para 2010 estamos prevendo um faturamento de US$ 650 milhões na área de defesa. O valor representa mais de 12% da receita global projetada para a Embraer em 2010", disse o vice presidente executivo Financeiro e de Relações com Investidores da Embraer, Luiz Carlos Aguiar.
Até o fim do ano, segundo o executivo, a Embraer pretende iniciar a comercialização do KC-390. "Existem hoje no mercado internacional dois mil aviões cargueiros em fase final de vida útil. A nossa expectativa é a de capturar 10% da renovação dessa frota, a maioria do modelo C-130 Hércules, um mercado estimado em 200 aviões em dez anos", afirmou.
Sobre a possibilidade de venda de um número superior a 100 aeronaves Super Tucano para a Força Aérea dos Estados Unidos, Aguiar disse que não se trata de uma venda simples. "Os EUA estão com um problema de crescimento econômico sério e, numa situação dessas, a tendência é que a compra seja feita internamente." A Embraer, segundo ele, não se associou a nenhuma empresa americana para participar dessa licitação.
Na opinião do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, o acordo militar assinado esta semana entre o Brasil e EUA, pode favorecer a venda do Super Tucano para a Força Aérea americana. "Estamos acompanhando de perto a negociação e torcendo para que a Embraer consiga exportar os aviões", disse. A Força Aérea Brasileira (FAB) é a proprietária do projeto do Super Tucano, desenvolvido pela Embraer. A empresa recebeu encomenda de 99 aeronaves da FAB e já entregou 85. O Super Tucano da FAB, conhecido pela sigla A-29, opera nas unidades de caça instaladas em Boa Vista, Porto Velho e Campo Grande. (VS)
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