Presidente desmentiu trama militar, mas trocou comandantes do exército, da marinha e da força aérea. A posse dos novos comandantes do exército, da marinha e da força aérea do Paraguai, ocorrida ontem, não foi suficiente para colocar um ponto final à turbulência política que o país vem atravessando – reforçada pela notícia de que um suposto golpe militar estava sendo arquitetado.
Ao desmentir publicamente que militares estivessem tramando um golpe para tirá-lo do poder, o presidente Fernando Lugo acabou alimentando ainda mais a discussão em torno do assunto. Enquanto o general Bartolomé Pineda, o contra-almirante Egberto Orué e o general de brigada Hugo Gilberto Aranda assumiam os comandos do exército, da marinha e da força aérea, respectivamente, a atitude de Lugo era questionada. Paralelamente, uma maioria de parlamentares da situação e da oposição ameaçou abrir um processo de impeachment contra Lugo, acusando-o de “inépcia para governar”.
– Os comandantes destituídos ficaram com a imagem de golpistas frente à opinião pública – reclamou Mario Soto, ex-comandante do exército.
O ministro do Interior, Rafael Filizzola, saiu em defesa de Lugo, ao dizer que o presidente “não tem obrigação de dar explicações:
– A Constituição autoriza o chefe de Estado a realizar as alterações necessárias para uma melhor organização ou funcionamento do governo.
As mudanças na cúpula militar foram anunciadas na quarta-feira. Lugo, cuja ascensão ao poder, liderando uma ampla aliança, rompeu a hegemonia de 61 anos do Partido Colorado, negou qualquer quebra do processo democrático. Ele garantiu que as forças armadas do país “não se prestaram a nenhum golpe’’, embora tenha admitido a existência de “bolsões golpistas’’ entre os militares – alguns mantinham reuniões com políticos da oposição.
Militares estariam se sentindo desprestigiados
De acordo com uma reportagem do jornal Última Hora, no último final de semana os rumores de que um golpe estava sendo arquitetado ganharam força. Entre os descontentes com o governo estaria um grupo de militares que se mantinha leal a Bernardino Soto Estigarribia, também ex-comandante do exército e outro descontente com o pouco prestígio dado a eles pelo atual governo. O plano não teria prosperado porque não obteve o apoio de toda a cúpula castrense.
O presidente vive ainda uma crise com o vice, Federico Franco, do Partido Liberal Radical Autêntico, e é acusado pela oposição de ter ligação com o grupo esquerdista Exército do Povo Paraguaio, supostamente responsável pelo sequestro do fazendeiro Fidel Zavala.
Para completar a crise, a paraguaia Damiana Hortensia Morán Amarrilla, 40 anos, entrou com uma ação contra Lugo pedindo o reconhecimento da paternidade do filho Juan Pablo, dois anos. Outras duas mulheres já haviam feito o mesmo. Viviana Carrillo, 26 anos, conseguiu o reconhecimento do filho, Guillermo Armindo. Já Benigna Leguizamón, mãe de Lucas Fernando, sete anos, espera a decisão de um recurso sobre onde Lugo deve fazer o exame de DNA.
Ao desmentir publicamente que militares estivessem tramando um golpe para tirá-lo do poder, o presidente Fernando Lugo acabou alimentando ainda mais a discussão em torno do assunto. Enquanto o general Bartolomé Pineda, o contra-almirante Egberto Orué e o general de brigada Hugo Gilberto Aranda assumiam os comandos do exército, da marinha e da força aérea, respectivamente, a atitude de Lugo era questionada. Paralelamente, uma maioria de parlamentares da situação e da oposição ameaçou abrir um processo de impeachment contra Lugo, acusando-o de “inépcia para governar”.
– Os comandantes destituídos ficaram com a imagem de golpistas frente à opinião pública – reclamou Mario Soto, ex-comandante do exército.
O ministro do Interior, Rafael Filizzola, saiu em defesa de Lugo, ao dizer que o presidente “não tem obrigação de dar explicações:
– A Constituição autoriza o chefe de Estado a realizar as alterações necessárias para uma melhor organização ou funcionamento do governo.
As mudanças na cúpula militar foram anunciadas na quarta-feira. Lugo, cuja ascensão ao poder, liderando uma ampla aliança, rompeu a hegemonia de 61 anos do Partido Colorado, negou qualquer quebra do processo democrático. Ele garantiu que as forças armadas do país “não se prestaram a nenhum golpe’’, embora tenha admitido a existência de “bolsões golpistas’’ entre os militares – alguns mantinham reuniões com políticos da oposição.
Militares estariam se sentindo desprestigiados
De acordo com uma reportagem do jornal Última Hora, no último final de semana os rumores de que um golpe estava sendo arquitetado ganharam força. Entre os descontentes com o governo estaria um grupo de militares que se mantinha leal a Bernardino Soto Estigarribia, também ex-comandante do exército e outro descontente com o pouco prestígio dado a eles pelo atual governo. O plano não teria prosperado porque não obteve o apoio de toda a cúpula castrense.
O presidente vive ainda uma crise com o vice, Federico Franco, do Partido Liberal Radical Autêntico, e é acusado pela oposição de ter ligação com o grupo esquerdista Exército do Povo Paraguaio, supostamente responsável pelo sequestro do fazendeiro Fidel Zavala.
Para completar a crise, a paraguaia Damiana Hortensia Morán Amarrilla, 40 anos, entrou com uma ação contra Lugo pedindo o reconhecimento da paternidade do filho Juan Pablo, dois anos. Outras duas mulheres já haviam feito o mesmo. Viviana Carrillo, 26 anos, conseguiu o reconhecimento do filho, Guillermo Armindo. Já Benigna Leguizamón, mãe de Lucas Fernando, sete anos, espera a decisão de um recurso sobre onde Lugo deve fazer o exame de DNA.
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