Agora, o Senado se vê às voltas com a organização do julgamento de Trump, provavelmente em janeiro, pelas acusações de abuso de poder e de obstrução ao trabalho do Congresso.
Hoje de manhã, Trump atacou os democratas por ameaçarem adiar o envio das acusações, na tentativa de pressionar o Senado.
“Ontem à noite, fui levado a um julgamento político sem nenhum voto republicano” contra, apontou Trump, que acredita que o processo acabará estimulando suas bases e beneficiando-o nas eleições presidenciais de 2020.
“Vulgarizam a palavra impeachment. Isto jamais deverá ocorrer novamente com outro presidente”.
Para o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, o processo na Câmara de Representantes foi “o mais rápido, o menos exaustivo e o mais injusto da história”.
– Divisão partidária –
“É de longe o julgamento político com a base mais frágil já aprovado na Câmara na história dos Estados Unidos”, afirmou McConnell, acrescentando que uma parte do Legislativo sucumbiu a uma “raiva partidarista”.
O líder da minoria democrata do Senado, Chuck Schumer, usou as palavras de McConnell contra o próprio e rebateu, alegando que ele está programando o julgamento político “mais rápido, menos exaustivo e mais injusto da história moderna”.
Disse ainda que McConnell está impedindo que os democratas convoquem testemunhas.
“Seria porque o presidente é tão frágil que nenhum dos homens do presidente pode se defender sob juramento?”, insistiu.
Os democratas acusam Trump de usar seu poder presidencial para pressionar a Ucrânia, suspendendo temporariamente o envio de 391 milhões de dólares em ajuda militar para o país que enfrenta um conflito com separatistas pró-russos no leste.
Por este motivo, os democratas acusaram Trump tanto de ter abusado de seu poder para benefício pessoal quanto de ter obstruído o trabalho do Congresso.
Desde o início da investigação, Trump denunciou uma “caça às bruxas” e, ontem, acusou seus rivais de tentarem submetê-lo a um julgamento “desde antes” de se candidatar à Presidência.
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