Durante uma sessão em uma praça em Caracas, o Legislativo transformou em lei o projeto que reinstala a Venezuela no Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), do o país qual foi retirado em 2013.
“Aprovada por unanimidade de todos os presentes. É sancionada assim (a lei)”, disse o chefe do Parlamento, Juan Guaidó, que nesta terça-feira completa seis meses em que se autoproclamou presidente interino da Venezuela.
Guaidó é reconhecido por cinquenta países, incluindo os Estados Unidos, que não descarta a ação armada na Venezuela para expulsar o presidente socialista, Nicolás Maduro, do poder.
Guaidó ainda disse que esse passo permitirá o estabelecimento de “alianças internacionais” para “proteger e defender o povo e a soberania venezuelana”, sem mencionar explicitamente uma intervenção estrangeira.
No entanto, o líder não descarta essa opção para acabar com o que ele denuncia como “a ditadura de Maduro”, que o Legislativo já declarou em “usurpação” de poder por considerar que sua reeleição em 2018 foi fraudulenta.
A iniciativa foi aprovada no primeiro debate em 28 de maio.
Esses países argumentaram que o pacto – em vigor desde 1947 – foi mortalmente ferido após a guerra de 1982 entre a Argentina e a Grã-Bretanha pela soberania das Ilhas Falkland (Malvinas), quando os Estados Unidos não apoiavam Buenos Aires.
A reentrada no TIAR, no entanto, permanecerá em um limbo jurídico, uma vez que as decisões do Legislativo são consideradas nulas desde 2016 pelo Supremo Tribunal de Justiça, de linha oficial.
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