10 de set. de 2018

Saúde de Bolsonaro melhora e família se reunirá com PF


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Eduardo Bolsonaro, filho do presidenciável, disse que o pai dele está anêmico, com dificuldade de falar, mas que recuperação prossegue ( Foto: Folhapress )
São Paulo/Brasília O Hospital Albert Einstein divulgou no começo da noite de ontem novo boletim médico sobre o candidato à presidência, Jair Bolsonaro (PSL), afirmando que o quadro de saúde do presidenciável continua em evolução e a expectativa é que "nos próximos dias, a função intestinal se normalize e o paciente passe a ingerir alimentos por via oral".
O boletim observa que a circulação do intestino para o fígado de Bolsonaro está preservada.
"A paralisia intestinal decorrente do grande trauma mostra sinais de que está em regressão".
Bolsonaro continua na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sem previsão de saída, disse mais cedo seu filho, Eduardo Bolsonaro a jornalistas. Ele ressaltou que o presidenciável está anêmico, com dificuldade de falar, mas o processo de recuperação prossegue e ele tem caminhado com o auxílio de um andador.
"Persistem os cuidados de fisioterapia, incluindo caminhadas e exercícios diários, sem apresentar dor", afirma o novo boletim. Os médicos de Bolsonaro ressaltam que nos exames laboratoriais "ainda existe uma leve anemia, em decorrência do sangramento inicial, secundário ao trauma". O candidato perdeu dois litros de sangue após levar uma facada em Juiz de Fora (Minas Gerais).
Pela manhã, o Albert Einstein divulgou o primeiro boletim médico do dia, destacando que o Bolsonaro apresentava naquele momento "nítida melhora clínica e laboratorial, sem nenhuma evidência de infecção", mas tem "jejum oral, recebendo nutrientes por via endovenosa".
Os boletins são assinados pelos médicos Antônio Luiz Macedo, cirurgião, Leandro Echenique, clínico e cardiologista e Miguel Cendoroglo, diretor superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein.
Bolsonaro está internado desde sexta (7) no hospital na Zona Sul de São Paulo, em recuperação depois de ter levado uma facada durante campanha em Juiz de Fora no dia anterior. Ontem, em frente ao hospital apareceram alguns simpatizantes de Bolsonaro e o clima foi de tranquilidade. Ao longo do fim de semana, atos de apoio ao candidato ocorreram em várias cidades do País, incluindo Fortaleza.
Segurança
Hoje, a família de Bolsonaro vai se reunir com o diretor da Polícia Federal Rogério Galloro. Os filhos Flávio e Eduardo vão a Brasília para o encontro. Eduardo ressaltou ontem que Galloro voltou de viagem aos EUA por conta do ataque sofrido por Bolsonaro.
"Vamos bater um papo para saber o que pode ser feito em relação à segurança", disse Eduardo ontem. Ele ressaltou que seu pai "faz questão do contato com o povo" e, com isso, a segurança dele fica ainda mais difícil. Ao mesmo tempo, Eduardo ressaltou que seu pai está exposto a um nível de periculosidade muito maior agora, o que exige proteção redobrada.
Eduardo disse que "não é conveniente" um atentado contra ele ou outro familiar de Bolsonaro. "Se você tirar o lado emocional e analisar racionalmente, é mais intenção de voto para o Jair Bolsonaro. Geraria mais comoção me matar, por exemplo".
Bolsonaro tem segurança da PF e de amigos policiais que fazem a proteção de forma gratuita, disse seu filho. O agressor sabia desse forte esquema de segurança, e mesmo assim tentou assassinar o militar, ressaltou Eduardo. "Você vê que não é algo racional".
Eduardo disse ainda que seu pai está consciente de que esteve perto da morte e afirmou que tentaram assassinar Bolsonaro por ele ter chances reais de vencer as eleições. Ele disse que o pai está "se recuperando e essa recuperação vai levar tempo".

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