1 de ago. de 2017

MPF quer pena maior a Lula e condenação de Okamotto


O ex-presidente da República foi condenado por lavagem de dinheiro e corrupção, em 1ª instância ( Foto: AFP )
Brasília/Curitiba. A força-tarefa do Ministério Público Federal na Operação Lava-Jato recorreu ao juiz Sérgio Moro, ontem, por uma pena mais pesada ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também pela condenação do presidente do Instituto Lula Paulo Okamotto, no caso tríplex no Guarujá (SP).
O líder petista foi condenado a 9 anos e seis meses de prisão por suposta corrupção e lavagem de dinheiro de R$ 2,2 milhões que envolvem o valor empregado pela OAS no imóvel, no condomínio Solaris, no Guarujá, e em suas respectivas reformas.
Os procuradores querem também que Lula seja condenado pelo armazenamento do bens que recebeu enquanto exerceu a Presidência da República pela empresa Granero - despesas também custeadas pela OAS. Lula chama esses bens de "tralhas". Eles sustentam que "resta evidente que o conteúdo do contrato celebrado não consistiu em erro, mas se apresenta como clara fraude contratual na tentativa pelos denunciados de ocultarem e dissimularem a real propriedade dos bens armazenados e o financiamento de despesas" a Lula e ao Instituto Lula pela OAS.
A procuradoria quer que Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, absolvido por Moro, seja condenado por lavagem de dinheiro por intermediar a negociação envolvendo as "tralhas" do petista.
A respeito do petista e aos executivos da OAS alvo da ação penal os procuradores da República também discordaram de Moro na "dosimetria (cálculo) das penas fixadas" por Moro.
O Ministério Público Federal ainda quer a condenação dos executivos da OAS Paulo Gordilho, Fábio Yonamine e Roberto Moreira, absolvidos pela acusação de lavagem de dinheiro.
Ao recorrer por uma pena mais pesada a Lula, a força-tarefa da Lava-Jato pretende, ainda, que o petista seja obrigado a devolver R$ 87,6 milhões aos cofres públicos, e não R$ 16 milhões, como fixou o juiz Sérgio Moro, na sentença.
O juiz federal Sérgio Moro já bloqueou R$ 660 mil em contas correntes de Lula e R$ 9 milhões de fundos em nome dele na BrasilPrev, do Banco do Brasil.
Reunião
Lula defendeu, ontem, em reunião do diretório nacional do PT, que o partido realize uma série de reformas e vá "para a rua" retomar o contato com os movimentos sociais.
O ex-presidente da República cobrou maior interferência da sigla em decisões sobre candidaturas e pediu maior atenção a cargos do legislativo.

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