30 de jan. de 2017

Chuvas no Ceará em janeiro estão 28% abaixo do esperado, diz Funceme

Ceará tem média de 70 milímetros acumulados neste início de ano.
Na região Cariri, cidades estão com volume de chuva acima da média.

Do G1 CE
Tempo ro Vilhena (Foto: Aline Lopes/G1)Chuvas em janeiro no Ceará estão abaixo da média, mas a previsão da Funceme para o primeiro trimestre é a melhor de 2012 (Foto: Aline Lopes/G1)
As chuvas registradas em janeiro deste ano no Ceará estão 28% abaixo da média histórica para o período, de acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Segundo o órgão, o esperado para o este início de ano é de 98,7 milímetros de chuva acumulados em todo o estado; o observado em 2017 é de 70 milímetros, 28,4% a menos que a média histórica.
As chuvas mais fortes no estado ocorreram no Cariri, única região do estado onde o volume de chuva está acima da média para o período. Em Abaiara, o volume acumulado é de 215 milímetros, 41% acima da média. Também há um acúmulo de chuva acima da média no Crato (11% a mais) e Barbalha (5%).
Previsão para o trimestre
A previsão da Funceme para os três primeiros meses do ano é a melhor desde 2012. De acordo com a fundação, A maior probabilidade (40%) é de que o volume de chuva fique próximo à média histórica, que é de 800 milímetros durante o ano.
Ainda de acordo com o prognóstico, há 30% de chance de as chuvas na estação chuvosa de fevereiro, março e abril de 2017 ficarem abaixo da média e outros 30%, acima da média histórica. "Com certeza é o melhor prognóstico dos últimos anos, o melhor desde 2012. Porém, as chuvas que caem e que podem cair são insuficientes para ajudar as bacias hidrográficas", avalia a chefe do núcleo de meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto.
Ainda de acordo com a meteorologista, em 2017 não ocorreu o fenômeno El Niño, que reduz as possibilidades de chuva no Nordeste brasileiro; no entanto, e o La Niña, que aumenta as chances de precipitação na região, perdeu força.
Pior seca desde 1910
O Ceará enfrentou, em 2016, o quinto ano seguido de seca, considerada a pior seca prolongada desde 1910. Conforme a Funceme, não há registros de seis anos consecutivos de seca no estado.
Entre 1910 e 2016 somente em duas ocasiões o Ceará teve cinco anos consecutivos de seca: de 1979 a 1983 e de 2012 a 2016. Esse levantamento foi realizado pelo meteorologista David Ferran, da Funceme.
O Ceará dispõe de somente 6,4% de água disponível nos 153 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Há um ano, no dia 18 de janeiro de 2016, os reservatórios estavam com 12,8% da capacidade total.
Apesar das chuvas registradas em janeiro, chamadas de chuvas de pré-estação, não há relação com a quadra chuvosa, já que diferentes sistemas atuam na formação de nuvens de chuva sobre o estado. "Se fosse assim, janeiro de 2016 tinha indicado uma boa quadra chuvosa, e não foi isso que aconteceu", reforça o presidente da Funceme

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