Estudo da Tendências mostra que poder de compra dos brasileiros, de R$ 3,06 trilhões em 2014, cairá a R$ 2,82 trilhões este ano e a R$ 2,78 trilhões em 2016

Em valores absolutos, os brasileiros tinham em mãos 3,06 trilhões de reais em 2014 para gastar tanto em itens essenciais, como habitação, educação, transporte, energia e água, quanto na aquisição de bens de consumo e serviços. Pelos cálculos da Tendências, esse valor cairá a 2,82 trilhões de reais este ano e a 2,78 trilhões de reais em 2016. Trata-se, portanto, de um retrocesso em cinco anos: em 2011, o poder de compra dos brasileiros era de 2,74 trilhões de reais.
Além da inflação e dos juros, a renda também foi comprometida com o aumento da gasolina e das contas de luz e água, os chamados preços administrados. Para chegar aos valores, a Tendências considerou a massa de renda real disponível, descontando a inflação. No cálculo, entram, além de salários, os recebimentos da previdência social e do programa Bolsa Família, por exemplo.
O estudo é assinado pelos economistas Rodrigo Baggi, Rafael Bacciotti e João Morais. "O cenário é negativo para todos os lados. O desemprego deve subir a 8% este ano e chegar a 8,5% em 2016. Já a inflação deve fechar 2015 em 9,6% e recuará até 6,5% no ano que vem, ainda um patamar elevado. Tudo isso fará com que as famílias percam 280 bilhões de seu poder de compra", disse João Morais.
(Da redação)
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