22 de jul. de 2015

Supremo informa que Dilma vetou reajuste do Judiciário

Diretor ­geral da Suprema Corte recebeu telefonema nesta tarde do Ministério do Planejamento confirmando a medida da presidente, que já era esperada

Agência Estado
O Ministério do Planejamento informou ao diretor-geral do Supremo Tribunal Federal (STF), Amarildo Vieira de Oliveira, sobre o veto ao projeto de reajuste que varia 56,4% a 78,6% aos servidores do Judiciário. O prazo para a presidente Dilma Rousseff sancionar ou vetar a proposta, aprovada pelo Senado em 30 de junho, expirava na terça-feira 21. Durante todo o dia, servidores fizeram protesto com buzinas, vuvuzelas e faixas em frente ao Palácio do Planalto.
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O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, tratou to reajuste no encontro que teve com Dilma em Portugal 
Em ligação no início da tarde, o Planejamento confirmou ao Supremo o veto ao projeto, que já era esperado nos bastidores do Tribunal. Logo após a aprovação da proposta no Senado, a presidente Dilma Rousseff chegou a dizer que era "insustentável" dar "níveis de aumento tão elevados". O reajuste foi assunto no encontro de Dilma com o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski em Portugal no início do mês.
Nesta terça-feira, 21, o Estado . O Planejamento apontou nota de equipe técnica que calculou em R$ 1,5 bilhão o impacto orçamentário com o reajuste em 2015, passando para R$ 10,5 bilhões em 2018. Lewandowski deve aguardar a apreciação do veto pelo Congresso para se manifestar. Nos últimos meses, o presidente do Supremo teve reuniões com integrantes da equipe econômica e com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para tratar da recomposição de salários da categoria.
No final de junho, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, entregou uma contraproposta ao governo para reajustar salário dos servidores em 21,3%, com aumento escalonado entre 2016 e 2019. Como a reposição sugerida pelo governo ficou aquém do pedido dos trabalhadores, o presidente do STF avisou que iria consultar a categoria.
A expectativa era de que Lewandowski apresentasse uma proposta alternativa. Antes disso, no entanto, sob intenso protesto, o Senado aprovou o pleito dos servidores. Com a aprovação da proposta no Senado que vai de encontro às reivindicações da equipe econômica e o veto presidencial, a avaliação de interlocutores do Judiciário é de que a negociação voltará à estaca zero.

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