15 de abr. de 2015

Operação desarticula quadrilha ligada ao PCC em SP, RJ e MG

Seis policiais - quatro civis e dois militares - foram presos durante a ação

Delegacia de Botafogo, na zona sul, adere à greve
Polícia Civil e Gaeco cumprem mandados de prisão no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Minas Gerais na Operação Adren(Cecília Ritto/VEJA)
Uma operação conjunta da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) prendeu nesta quarta-feira dezesseis pessoas acusadas de integrar uma quadrilha ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Os agentes cumprem mandados no Rio de Janeiro, Minas Gerais e em São Paulo. Batizada de Andrem, a operação já prendeu outros nove ao longo das investigações. Todos os 25 presos até agora são acusados dos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico, roubo, extorsão e extorsão mediante sequestro. Entre os 43 denunciados estão quatro policiais civis e dois policiais militares.
De acordo com a denúncia, uma parte da quadrilha ficava em São Paulo e era responsável pelo fornecimento de drogas para traficantes de Mogi Guaçu, no interior paulista, e da região Sul fluminense, que então distribuíam a droga pelo Rio de Janeiro. Os policiais civis Guilherme Dias Coelho - conhecido como "Guilherminho" -, Pablo Bafa Feijolo e Clodoaldo Antônio Pereira transportavam, guardavam e mantinham as drogas em um depósito - para isso, eles contavam, algumas vezes, com a ajuda de Ricardo Wilke, outro policial civil.
Segundo o MP, parte das drogas apreendidas em buscas policiais também era retida, e chegava a ser transportada em viatura oficial da Polícia Civil, para ser distribuída entre os membros da facção e, então, revendida. Os três policiais civis juntamente com o policial militar Hugo Leonardo Guerra e o policial militar reformado Gilson "Macarrão" extorquiam outros criminosos para não os levarem presos. Em alguns casos, eles eram sequestrados e tinham objetos roubados, como carros e joias. No total, a Operação Adren realiza 73 mandados de busca e apreensão, 40 mandados de prisão preventiva e sequestro de bens e valores.
(Da redação)

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