Noventa armas foram desviadas da sede de um órgão da Polícia Civil; Artur Dian e Paulo Sérgio Campos Mello foram substituídos no último sábado

Sumiço de noventa armas do Garra, da Polícia Civil de São Paulo, derruba dois delegados
(Thinkstock/VEJA)
A Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública em São Paulo está tentando localizar armas que foram desviadas da sede do Garra. Um investigador da própria polícia foi preso e admitiu participação nos desvios. "A Corregedoria, que conduz essas investigações, está com todas as equipes empenhadas juntamente com o Deic para localizar essas armas", informou o secretário estadual de Segurança, Fernando Grella, em entrevista no dia 3 de novembro. Grella disse ter solicitado ao delegado-geral da Polícia Civil, Luiz Maurício Blazeck, uma auditoria em todas as unidades após os desvios no Garra.
As noventa armas desaparecidas eram, na maioria, revólveres e também fuzis e submetralhadoras. O policial preso era o armeiro responsável diretamente pela custódia das armas. Na casa do suspeito, cuja identificação não foi revelada, foram encontrados objetos e armas de uso restrito. A polícia solicitou ainda a prisão de outro envolvido no caso, que não é policial.
O secretário Grella informou ser prematuro fazer ligações entre roubos praticados no Estado e o sumiço das armas. O titular da pasta de Segurança disse que os investigadores estão traçando os contatos do policial envolvido nos desvios para tentar localizar e recuperar o armamento. "Há várias linhas de investigação. Precisamos de tempo maior. Uma série de diligências está sendo adotada", disse.
Apesar de ter admitido a culpa nos desvios, o policial não forneceu mais informações à Corregedoria sobre o destino das armas e como fazia para furtá-las e repassá-las a terceiros. Contra o suspeito, além do inquérito policial que apura as responsabilidades criminais, foi aberto um processo disciplinar, que visa a punição administrativa independentemente do rumo que tomará o inquérito. Uma segunda investigação é conduzida para apurar se houve negligência de autoridades responsáveis pela custódia das armas no Garra.
(Com Estadão Conteúdo)
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