Operação conjunta da Polícia Federal e do Exército desmantelou um abrigo clandestino que obrigava menores a pedir esmolas e se prostituir

Tomás Cerón, titular da Agência de Investigação Criminal da Procuradoria-Geral da República
(Reprodução/TV)
O lugar funcionava havia 40 anos e abrigava desde recém-nascidos até maiores de 30 anos que dormiam no recinto e eram obrigados a pedir esmolas e se prostituir. Os internos também sofriam constantes abusos sexuais de funcionários da casa de acolhimento. Murillo acrescentou que, uma vez que se constatou o estado do abrigo, "teve de agir para começar a eliminar as pragas que havia no local, como ratos e insetos, para poder deixá-lo em boas condições". Tomás Cerón, titular da Agência de Investigação Criminal da Procuradoria-Geral da República, detalhou que a incursão das forças federais foi resultado de "pelo menos 50 denúncias contra os administradores da casa, principalmente a senhora Rosa del Carmen Verduzco, por privação ilegal da liberdade".
"Durante a investigação foram ouvidas testemunhas e vítimas que tiveram relação com o abrigo La Gran Familia e que relatam diversos abusos físicos e psicológicos por parte de Rosa del Carmen Verduzco e de alguns funcionários", disse Cerón. Entre os abusos, "os internos eram obrigados a pedir dinheiro em casas e nas ruas, eram alimentados com comidas estragadas, tinham que dormir no chão no meio da imundice, sofriam abusos sexuais e eram proibidos de deixar as instalações".
Além disso, os bebês nascidos no local foram registrados como filhos da fundadora, "sem que ela permitisse que os pais pudessem ter alguma tutela dos menores, argumentando que os deixaria ir quando atingissem a maioridade". Cerón informou que a operação deteve Rosa del Carmen e oito colaboradores, que já estão sendo interrogados pelo Ministério Público como suspeitos de cárcere privado, formação de quadrilha, maus-tratos e agressões sexuais.
(Com agência EFE)
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