Ativista vai encontrar presidente Goodluck Jonathan e cobrou rigidez nas negociações com sequestradores

A ativista Malala Yousafzai recebe prêmio em Haia
(Bas Czerwinski/AFP)
Na agenda da ativista está marcado um encontro com o presidente Goodluck Jonathan na segunda-feira na capital, exatamente três meses depois do sequestro de 276 estudantes pela milícia radical islâmica Boko Haram em uma escola de Chibok, no estado de Borno.
Malala tornou-se símbolo da luta mundial das jovens por acesso à educação. Em 2012, a jovem paquistanesa foi atingida com um tiro na cabeça quando ia para escola em Swat.
A ativista se reuniu em separado com líderes do grupo #BringBackOurGirls (‘Devolvam nossas Meninas’), com quinze parentes das sequestradas e cinco jovens que conseguiram escapar dos sequestradores. "A situação em Chibok é parecida com a de Swat, onde alguns extremistas impediram 400 meninas de irem à escola", disse Malala às fugitivas depois de ouvir relatos e histórias pessoais.
"Acho que suas vozes são mais poderosas do que qualquer arma. Acreditem em vocês e continuem vivendo suas vidas. Sigam aprendendo e terão sucesso. Temos paz em Swat. Todas as meninas estão indo à escola", afirmou Malala. "Da mesma forma, vamos ver aqui que um dia todas vocês irão para a escola, terão acesso à educação."
De acordo com autoridades locais, 219 meninas continuam desaparecidas. Malala cobrou seriedade das autoridades e rigidez nas negociações para que o sequestro das estudantes finalmente chegue ao fim. Familiares das jovens e líderes locais acusam o governo nigeriano de ter feito pouco para libertar as sequestradas, apesar de toda a comoção mundial causada pela ação.
(Com AFP)
Nenhum comentário:
Postar um comentário