Até dezembro, o número de linhas vai chegar perto dos 7 bilhões
AE
Mas é no setor dos celulares que a diferença entre ricos e pobres é
a menor. Até dezembro, o número de celulares vai chegar perto dos 7
bilhões, o representará 96% de todos os habitantes.
A penetração de celulares chegará a 90% nos mercados emergentes,
contra mais de 120% nas economias ricas. A expansão, em dez anos, foi
quase de dez vezes. A situação mais complicada é ainda da África, onde
30% da população ainda não tem acesso.
Mas o mercado também está dando sinais de saturação. Em 2014, o
setor deve ter o menor crescimento em anos, com uma expansão global de
apenas 2,6%. O único crescimento real ocorre nos países emergentes, que
representam 75% de todos os celulares vendidos no mundo.
Enquanto o número de celulares aumenta, o registro de telefones
fixos sofre uma queda no mundo. Entre 2009 e 2013, o mundo perdeu 100
milhões de telefones fixos. Na Europa, o número de pessoas que não têm
sequer um número fixo cresce ao ponto de surpreender até mesmo as
empresas de telefonia.
O uso da Internet nos celulares também registrou um forte aumento.
Hoje, são 2,3 bilhões de usuários, 32% da população mundial. A taxa é
duas vezes superior aos números de 2011. Uma vez mais, a disparidade
entre pobres e ricos é grande. Nos emergentes, a taxa é apenas de 21%,
contra mais de 84% nos países ricos.
Essa diferença, segundo a UIT, começará a reduzir. Em 2014, a
expectativa é de uma expansão de 26% no uso da internet nos celulares
nos países emergentes, contra apenas 11% nos países ricos.
Essa taxa vai permitir que, em números absolutos, os emergentes
tenham o maior número de usuários de internet no celular ao final de
2014. Mas em termos de porcentual da população com acesso, a Europa
lidera, seguida pelas Américas, com mais de 500 milhões de usuários.
Internet
O avanço das tecnologias nos países emergentes também mudou o
perfil da Internet. Hoje, dois de cada três internautas estão no mundo
em desenvolvimento. Esse número dobrou em cinco anos e, ao final de
2014, 3 bilhões de pessoas estarão conectadas à rede mundial de
computados. Segundo a UIT, 40% do mundo estará na rede até o final do
ano.
O Brasil, porém, apresenta um atraso de uma década em comparação às
taxas de penetração equivalentes ao que existia em países ricos. Os
últimos dados disponíveis na UIT sobre o Brasil são do final de 2012 e
revelam que 49,8% da população tinha acesso à Internet. A taxa
representa um salto importante em comparação aos dados de 2003, quando
apenas 13% da população tinha acesso à rede. Mas, ainda assim, os
números são considerados como modestos pelos especialistas.
Num ranking mundial, o Brasil aparece apenas na 85a posição entre
os locais com o maior acesso para sua população ao final de 2012. Nos
EUA, 81% da população tem acesso à rede e, nos países escandinavos, a
taxa supera a marca de 95%.
O Brasil, por exemplo, está mais de dez anos atrasado em comparação
às taxas de penetração da Internet no Canadá. Em 2000, 51% da população
do país da América do Norte já tinha acesso à rede. Na Noruega, há 14
anos, a taxa já era superior à brasileira. Suíça e EUA são alguns dos
outros países que, na virada do século, já tinham mais de 50% de sua
população conectada.
A disparidade entre países desenvolvidos e emergentes também fica
clara em outras regiões do mundo. Hoje, o acesso da população que vive
na Europa, EUA ou Japão à Internet em casa chegou perto de um ponto de
saturação. Nos emergentes, apenas 30% tem acesso à rede em suas casas.
O Brasil também não aparece em boa posição no que se refere ao
número de pessoas com acesso à Internet de banda larga. A taxa daqueles
com acesso à velocidade mais alta chega a apenas 3 para cada cem
pessoas.
A disparidade na velocidade da rede é o que mais preocupa a UIT. A
África, por exemplo, conta com apenas 0,5% do número de internautas com
acesso a essa tecnologia mais avançada. Nas Américas, a taxa é de 17%,
mas a região terá o menor crescimento do mundo em 2014, com apenas 2,5%
de expansão desse serviço. A taxa de expansão desse segmento nos
emergentes também caiu, de 18% em 2011 para apenas 6% em 2014.
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