8 de abr. de 2014

COI começa a pensar em 'plano B' para Olimpíada de 2016

Para Ricci Bitti, comitê organizador tem boa vontade, mas governo está omisso

Logo da Olimpíada do Rio 2016
Logo da Olimpíada do Rio 2016 (Armando Paiva/Fotoarena)
"Temos um comitê com boas pessoas, mas sem o poder necessário para lidar com o problema. Estamos assustados. O governo precisa mudar a velocidade. Precisamos agir agora", cobrou o italiano Ricci Bitti, membro do COI
Se o Rio de Janeiro ainda quiser receber a Olimpíada de 2016 é melhor descruzar os braços. O Comitê Olímpico Internacional (COI) admitiu nesta terça-feira que pode começar a pensar em trocar de sede, diante da morosidade das obras na capital fluminense. "Podemos ser flexíveis na questão da infraestrutura, mas não em relação às sedes esportivas. Até para aquelas que não se consideram em risco, não vemos noção de urgência. Temos de sentar e começar a procurar um plano B", criticou o italiano Ricci Bitti, membro do COI e chefe da Federação Internacional de Tênis, em entrevista à agência Associated Press.
Para Bitti, o Comitê Organizador Local está empenhado, mas esbarra na omissão do governo. "Temos um comitê com boas pessoas, mas sem o poder necessário para lidar com o problema. Estamos assustados. O governo precisa mudar a velocidade. Precisamos agir agora", cobrou, comparando o país com a China - onde, segundo ele, é possível pedir que as pessoas trabalhem noite adentro. "No Brasil, isso não é possível." Ainda de acordo com ele, se demorar mais seis meses, a situação pode ficar muito grave. "Não podemos esperar sempre que, no final, tudo estará resolvido. São hábitos dos sul-americanos, que não estão acostumados a sediar grandes eventos."

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