Estados sofrem com a cheia recorde; alguns municípios estão isolados
Agência Brasil
O governador do Acre, Tião Viana, anunciou ontem (7) o decreto por causa das dificuldades para garantir o abastecimento da população do estado. Com a cheia do Rio Madeira, em Rondônia, trechos da BR-364 ficaram intransitáveis. Essa rodovia é a única via de ligação terrestre do Acre com o resto do país.
Segundo Viana, o estado está buscando alternativas para que os produtos essenciais cheguem ao estado. A Rodovia Interoceânica, pelo Peru, já é rota para entrada de combustíveis, material de construção e hortifrutigranjeiros, principalmente. O governo também busca alternativas de estradas que saem do Sul do Brasil, atravessando Argentina, Chile e chegando pelo Peru.
Pelas hidrovias, balsas saem de Manaus com combustíveis, gás e alimentos também dão suporte, além das cinco aeronaves que fazem voos diários com alimentos perecíveis e medicamentos. Na BR-364, algumas carretas ainda conseguem passar, auxiliadas por balsas, desvios e aterros. Entretanto, segundo Viana, muitas empresas e motoristas não querem assumir o risco de terem ainda mais prejuízos. “Nossa dificuldade hoje é saber quem quer fazer a travessia”, explicou.
Para o governador do Acre, o decreto de estado de calamidade vai promover uma relação mais direta de apoio do governo federal e facilitar a tomada de decisões em favor da população, dar acesso a linhas de crédito especial do BNDES e outros bancos públicos, fortalecer o setor empresarial e amparar as prefeituras para que possam ter maior mobilidade na busca de apoio da União.
Na quinta-feira (3), o governador Confúcio Moura decretou estado de calamidade pública em Rondônia para facilitar o atendimento às vítimas da enchente. Quase 30 mil pessoas foram afetadas no estado, principalmente na capital Porto Velho e seus distritos. No local, mais de 3,7 mil famílias tiveram que deixar suas casas, segundo o Corpo de Bombeiros. Os municípios de Guajará Mirim e Nova Mamoré, na fronteira com a Bolívia, que também dependem da BR-364, estão isolados.
No dia 17 de março, o Ministério da Integração Nacional reconheceu o estado de calamidade pública em Porto Velho.
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