Parlamentares, alguns do DEM, mesma legenda que a do presidente da Câmara, dizem que governo não está impondo aos militares os mesmos sacrifícios que aos civis
Por
PALOMA SAVEDRA
Rio - Deputados da
Câmara Federal próximos ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
defendem a devolução do projeto de lei que prevê a Reforma da
Previdência dos Militares ao governo. O texto foi entregue nesta
quarta-feira ao Congresso pelo presidente Jair Bolsonaro. Na opinião dos
parlamentares — alguns inclusive do mesmo partido que Maia —, a
proposta não impõe sacrifícios aos integrantes das Forças Armadas, pelo
contrário: reestrutura as carreiras, garantindo reajustes, e mais gasto
público.
"Estamos recebendo representantes dos trabalhadores da
iniciativa privada e dos servidores públicos que hoje mesmo disseram:
não pode sangrar só na gente', e concordo", declarou um deputado, que
acredita na possibilidade de o presidente da Câmara tomar essa atitude.
"O presidente da Câmara deveria devolver o projeto, a
reforma tem que exigir sacrifícios a todos, não pode beneficiar um
setor", acrescentou outro parlamentar.
O envio da reforma dos militares era uma exigência dos
parlamentares para que a PEC 6/2019, da reforma previdenciária dos
civis, tramitasse na Câmara dos Deputados.
No entanto, o PL dos militares da Aeronáutica, Marinha e
Exército prevê economia líquida de apenas 10,45 bilhões no período de
10 anos.
O texto também eleva a alíquota de contribuição
aplicada sobre o rendimento bruto de ativos, pensionistas, inativos,
soldados e alunos de escolas de formação: atualmente, a taxa é de 7,5% e
subirá para 10,5% de forma escalonada.
A partir de 2020, a cobrança passa a ser de 8,5%, sobe
para 9,5% em 2021 e, de 2022 em diante, será de 10,5%. Com mais a
contribuição do fundo de saúde, mantida em 3,5%, o recolhimento chegará
a 14% a partir de 2022.
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