5 de set. de 2017

Ministro da Defesa alerta que pode haver fechamento de unidades das Forças Armadas

Além do fechamento de sedes, o número de pessoas para alistamento militar deve ser reduzido

O ministro Raul Jungmann disse que o comprometimento operacional das Forças Armadas chega ao limite neste mês de setembro. (Foto: Iana Soares, em 09/11/2012).
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse nesta segunda-feira, 4, no Recife, que caso não haja liberação de recursos da pasta, contingenciados pelo governo federal, até outubro, pode ocorrer o fechamento de unidades das Forças Armadas e o número de vagas para o alistamento militar.

"Até agora não tivemos comprometimento operacional das Forças [Armadas]. Nós estamos no limite. Nosso limite é o mês de setembro. E tivemos o compromisso que, aprovada a meta fiscal, nós vamos ter a liberação de recursos", disse Jungmann.

De acordo com a assessoria de imprensa do ministério, R$ 6,5 bilhões do orçamento da Defesa estão contingenciados, o que corresponde a cerca de 42% dos recursos previstos para a pasta em 2017 (R$ 15,5 bilhões).

Caso a liberação não ocorra, o ministro alertou que será preciso fazer cortes. "Nesse caso, você terá que reduzir muitos dos serviços que são feitos. Muito possivelmente fechar unidades. Reduzir o número daqueles que vão prestar serviço militar, que são 80 ou 90 mil. Enfim, vai ter uma série de restrições procurando preservar o que é essencial para a defesa do País".

A nova meta fiscal do governo federal prevê um deficit de R$ 159 bilhões neste ano e em 2018. Isso quer dizer que a União vai gastar esse total a mais do que espera arrecadar. O Congresso Nacional precisa aprovar a revisão da meta, adiada na semana passada, que já estava em R$ 139 bilhões em 2017 e R$ 129 bilhões em 2018. A expectativa é retomar a votação ainda esta semana.

O ministro esteve em Pernambuco para a comemoração de 10 anos do Forças no Esporte (Profesp), programa criado em 2003 para democratizar o acesso ao esporte para crianças e adolescentes. As Forças Armadas concedem suas unidades militares para a realização do projeto, e os recursos são repassados pelo Ministério do Esporte para material e pessoal; e pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, para alimentação.
 
 
Agência Brasil 

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