14 de set. de 2017

Atividade turística do CE entre as maiores altas

Estudo do IBGE aponta que o Estado cresceu 6,3% no segmento em julho ante igual mês do ano passado
Com as praias como carro-chefe da divulgação turística, o Ceará teve crescimento de 6,3% no turismo em julho, ante igual mês do ano passado
Rio. O Estado do Ceará registrou, em julho, uma das maiores altas nas atividades turísticas do País, com crescimento de 3,8% no âmbito regional (com ajuste sazonal). À frente, apenas Goiás, com 4,2% de alta no mês.
Na sequência de crescimento, estiveram os estados de Santa Catarina (3,3%), Pernambuco (2,1%), São Paulo (0,6%) e Paraná (0,3%). Por outro lado, houve retração no Distrito Federal (-3,6%), Espírito Santo (-3,5%), Rio de Janeiro (-3,1%), Bahia (-2,0%), Minas Gerais (-1,6%) e Rio Grande do Sul (-1,3%).
Na comparação com julho de 2016, (sem ajuste sazonal), o Ceará ficou em quarto lugar no País. As variações positivas foram Goiás (13,8%), Pernambuco (12,2%), Santa Catarina (7,3%), Ceará (6,3%), Paraná (5,3%) e Bahia (0,1%). As quedas foram no Rio de Janeiro (-22,2%), Distrito Federal (-22,2%), Espírito Santo (-7,5%), Rio Grande do Sul (-6,7%), São Paulo (-3,0%) e Minas Gerais (-1,0%).
Queda
Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgados ontem (13), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo mostra ainda que o Brasil teve queda de 0,8% registrada pelo setor de serviços na passagem de junho para julho. Este foi o primeiro resultado negativo desde março, quando tinha encolhido 2,3%.
O resultado foi o mais negativo para meses de julho na série com ajuste sazonal - na comparação com o mês imediatamente anterior -, iniciada em 2012.
No geral, o Ceará sofreu variação de 0,5% em julho ante junho no volume de serviços. Em comparação com julho de 2016, o Estado acumula queda de 5,4% .
"O setor de serviços não está com crescimentos constantes, eles vêm sendo interrompidos por quedas pontuais", afirmou o analista da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Roberto Saldanha.
Segundo ele, a queda não significa que houve alguma reversão de tendência, tampouco que haja trajetória de recuperação. "Os dados evidenciam que o setor ainda não está em recuperação. Para recuperar, tem que ter um crescimento mais robusto da indústria, porque só a indústria pode puxar o setor de serviços, e o setor público também, através de contratações e terceirização".
O pesquisador acredita que o próprio ajuste fiscal conduzido pelos governos federal, estaduais e municipais poderia ajudar o desempenho do segmento de serviços no País, caso haja uma terceirização. "Nesse problema da crise fiscal, a tendência é o governo, em vez de aumentar a contratação própria, optar por terceirizar. A terceirização no setor público pode alavancar os serviços", previu Saldanha.

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