24 de out. de 2014

Lula passa dos limites

Ex-presidente se iguala aos ditadores de plantão ao usar o discurso do medo contra a candidatura de Aécio Neves

Da redação
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A forma como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou na campanha para a reeleição de Dilma Rousseff (PT) compromete sua história e vem surpreendendo até mesmo os aliados do governo. Lula tem usado o palanque para se dedicar pessoalmente à desconstrução do candidato Aécio Neves (PSDB), se valendo de argumentos vis, usando as  mesmas armas que Fernando Collor de Mello empunhou contra sua candidatura em 1989. Ataques pessoais e sem compromisso com a verdade têm pautado os discursos do ex-presidente. Ele já insinuou que o adversário teria problemas com bebidas, não respeitaria mulheres, seria nazista e, por último, tem dito que Aécio “não trabalha”.

Lula mancha a própria biografia ao usar de seu prestígio para espalhar boatos contra a honra do adversário, em vez de referendar as supostas propostas que a candidata Dilma Rousseff possa apresentar ao País. Ao protagonizar uma campanha do medo contra o candidato tucano, o ex-presidente se iguala aos ditadores de plantão que usam o discurso do estado democrático de direito apenas como arsenal retórico.

O terror contra o povo é um instrumento típico do bolivarianismo que graça com fervor em regimes totalitários da América Latina. Com seu posicionamento, Lula alimenta a claque sindicalista que não quer perder o poder e acha possível usar todos os instrumentos – o terrorismo eleitoral inclusive -- para manter o status. Mesmo a custa de um assalto notório ao Estado e as estatais, como estamos assistindo nos últimos tempos. Lula mente e acha isso aceitável. 

Um comentário:

Anônimo disse...

Pobres militares. Eu já fui um de vocês. Antes de sair 2 Sgt Int dei baixa da Força Terrestre, fiz concurso para o Judiciário Federal e, hoje, meu líquido é R$7.670,00, coisa que não receberia nem como 2 Ten QAO. Infelizmente, o que aconteceu com o EB (onde meu pai serviu de 1939 a 1963) está acontecendo com o Judiciário Federal: estão aceitando tudo. No início é assim, os Juízes (assim como fizeram os Generais) olham para o próprio vencimento e esquecem dos subordinados. Mais a frente, estão todos no mesmo barco, com vencimentos diferentes mas defasados (cada um no seu patamar). Enquanto isso os petistas vão se enriquecendo, coisa que não aconteceu com nenhum General/Coronel que passou pela Presidência da República ou cargo importante em outro setor do governo. Espero que surja alguém nas Forças Armadas e no Judiciário Federal para se laçar na política, caso contrário, não justifica em Oficial General ou Magistrado estudar tanto no vida para depois ir pra casa vestir pijama.