A nova santa brasileira, cujo nome verdadeiro era Maria Rita Lopes, foi proclamada santa diante de inúmeros bispos, religiosos e missionários de seu país que atualmente participam do Sínodo para a defesa da Amazônia.
“Hoje agradecemos ao Senhor pelos novos santos, que andaram com fé e agora os evocamos como intercessores”, disse o Papa Francisco diante da multidão reunida na praça.
“Três são religiosos e nos mostram que a vida consagrada é um caminho de amor nas periferias existenciais do mundo”, acrescentou.
Irmã Dulce devotou sua vida a servir os mais necessitados e desenvolveu um trabalho social em sua terra natal, Bahia, onde fundou vários hospitais de caridade e uma rede de apoio social que dirigiu até sua morte em 1992, aos 77 anos.
A nova santa alcança a glória dos altares, graças a duas curas inexplicáveis, de acordo com o processo de beatificação iniciado em 1999.
Sua canonização, 27 anos após sua morte, foi o terceiro processo mais rápido da história, atrás apenas do papa João Paulo II (2014) e da madre Teresa de Calcutá (2016).
– Candidata ao Nobel da Paz –
A freira conheceu o papa João Paulo II, com quem teve duas reuniões em 1980 e em 1991, quando foi hospitalizada por problemas de saúde em função de uma doença pulmonar crônica.
Foi beatificada por Bento XVI em 2011 após a verificação de um primeiro milagre, conforme estabelecido pelas normas do Vaticano.
– Novos santos –
As outras novas santas proclamadas por Francisco neste domingo são a italiana Giuseppina Vannini (Judith Adelaide Agata), fundadora das Filhas de São Camilo, que morreu em 1911; a indiana Maria Teresa Chiramel Mankidiyan, fundadora da Congregação das Irmãs da Sagrada Família, falecida em 1926, e a leiga suíça Margarita Bays, da Terceira Ordem de São Francisco de Assis, que morreu em 1879.
Em seu discurso, ao se referir à Santa Margarita Bays, o sumo pontífice disse que “era uma costureira e nos [revelou] o quão potente é a oração simples, a tolerância paciente, a entrega silenciosa”, por meio do qual “o Senhor fez reviver nela o esplendor da Páscoa”.
“É a santidade do cotidiano, à qual se refere o santo cardeal Newman, quando diz que ‘o cristão tem uma paz profunda, silenciosa e escondida que o mundo não vê'”, declarou o papa.
Em artigo de opinião divulgado no jornal “Osservatore Romano”, o periódico do Vaticano, o príncipe Charles, da Inglaterra, apontou que o exemplo do cardeal Newman “é mais do que nunca necessário, pela maneira como soube defender, sem acusar, discordar sem faltar ao respeito e talvez, sobretudo, pela maneira como conseguiu ver as diferenças como lugares de encontro, e não de exclusão”.
No entanto, anos depois, em meados do século XIX, converteu-se ao catolicismo na Inglaterra.
Para a ocasião, o príncipe Charles – que um dia deverá liderar a Igreja da Inglaterra – representou o Reino Unido.
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