Um dia após o mandatário da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, ter se autoproclamado chefe de Estado do país, com apoio dos Estados Unidos, do Brasil e de outras dezenas de nações, Maduro foi à sede do TSJ e garantiu que “nunca vai renunciar”.
“Continuaremos a governar com o apoio cívico e militar do povo”, declarou, definindo os membros do governo paralelo como “palhaços”. Em grave crise política, social e econômica há vários anos, a Venezuela tem agora dois presidentes (Maduro e Guaidó), dois poderes Legislativos (a Assembleia Nacional e a chavista Assembleia Constituinte) e duas supremas cortes (o TSJ de Caracas e o TSJ no exílio).
Além disso, acusou “setores da extrema direita de tentarem fraturar e dividir” a Venezuela e denunciou “atos de ingerência de potências estrangeiras”. “O governo americano, junto com outros da região e de funcionários de organismos multilaterais, está desenvolvendo o projeto bem conhecido de acabar com ações progressistas incômodas”, disse López.
O TSJ, por sua vez, exigiu que a Assembleia Nacional coloque fim à “falta de respeito” com a Constituição e afirmou que o país é alvo de um “golpe de Estado com intervenção estrangeira”.
Maduro, que participou da cerimônia de abertura dos trabalhos do tribunal em 2019, reiterou que diplomatas dos EUA devem deixar o país até domingo (27) – Washington não reconhece a autoridade do presidente para dar essa ordem e ameaçou reagir caso haja alguma ação contra seus funcionários.
Até o momento, os EUA e 11 países do Grupo de Lima se colocaram do lado de Guaidó, além do Equador, da Organização dos Estados Americanos (OEA), do Reino Unido, da França e da Albânia.
Uruguai e México, por sua vez, evitaram tomar lado e pediram diálogo.
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