29 de jan. de 2019

Guaidó assume controle de ativos da Venezuela no exterior

Guaidó assume controle de ativos da Venezuela no exterior
O autoproclamado presidente da Venezuela e líder opositor, Juan Guaidó, fala com a imprensa em 27 de janeiro de 2019 em Caracas - AFP
O autoproclamado presidente interino da Venezuela, o opositor Juan Guaidó, anunciou nesta segunda-feira (28) que assumiu o controle dos ativos de seu país no exterior, para evitar que o presidente Nicolás Maduro acabe com os recursos em uma eventual saída do poder.
“A partir deste momento, iniciamos a tomada do controle progressivo e ordenado dos ativos de nossa República no exterior para impedir que, em sua etapa de saída (…), o usurpador e sua gangue tentem ‘raspar a panela'”, declarou, em um comunicado difundido nas redes sociais.
Ao mesmo tempo, Washington anunciou sanções contra a estatal petroleira venezuelana PDVSA e disse que sua filial naquele país, a Citgo, seguirá operando sempre que seus lucros sejam depositados em uma conta bloqueada nos Estados Unidos.
Em nota, Guaidó, presidente do Parlamento de maioria opositora, assegurou que vai começar o processo de nomeação das juntas diretivas da PDVSA e da Citgo para “iniciar a recuperação da nossa indústria, que hoje passa por um momento obscuro”.
Guaidó ressaltou que vai propor ao Congresso que tome “as medidas necessárias para garantir a maior transparência e o controle no uso” destes recursos.
“Tomamos esta decisão para garantir que a CITGO continue sendo dos venezuelanos”, manifestou o líder opositor, que se autoproclamou presidente interino na quarta-feira passada, depois de o Parlamento declarar Maduro um “usurpador”.
O segundo governo de Maduro é considerado ilegítimo por Estados Unidos, UE, Canadá e uma dezena de países latino-americanos – integrantes do Grupo de Lima -, que tacham sua reeleição de fraudulenta.
O agravamento da crise ocorre em pleno colapso econômico na Venezuela, com sua petroleira em default e em seu menor nível de produção em 30 anos, escassez de alimentos e medicamentos e uma hiperinflação que o FMI projeta em 10.000.000% este ano.

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