27 de out. de 2017

Forças de segurança atuam em comunidades do Centro em busca de traficantes

PM, Polícia Civil e Forças Armadas estão nos morros do São Carlos, Zinco, Querosene e Mineira desde o início da manhã desta sexta-feira

Rio - As forças de segurança realizam, na manhã desta sexta-feira, uma operação contra o tráfico de drogas nos morros do São Carlos, Zinco, Querosene e Mineira, no Centro do Rio. Militares das Forças Armadas, a PM e a Polícia Civil chegaram ao local por volta das 4h. Um efetivo de dois mil, entre militares e agentes, participa da ação. Até às 7h45, um homem foi preso com drogas, munição e dinheiro.
Exército também atua no Morro do São Carlos Reprodução TV Globo
De acordo com a Secretaria de Segurança, as Forças Armadas são responsáveis por fazer o cerco nas favelas em pontos estratégicos. Houve tiroteio no momento em que os militares chegaram ao local, mas depois a situação ficou normalizada. Desde cedo, equipes se posicionaram na Rua Frei Caneca, onde há entradas para o São Carlos. Motoristas que entram e saem da favela estão sendo revistados. 
As equipes cumprem mandados de prisão contra traficantes que seriam do bando de Antônio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha. Entre os procurados estão Alex Correia dos Santos, conhecido como '2G', envolvido no tráfico do São Carlos; Leonardo Miranda da Silva, o 'Léo Empada', apontado como gerente geral do tráfico de drogas da favela; Marcelo Bernardino Fonseca, o 'Limão do 40', chefe do tráfico da comunidade; e Alex Marques de Melo, o 'Leo Serrote'.
A secretaria destacou que o espaço aéreo está controlado, com restrições a aeronaves civis, nas áreas de atuação dos militares. O Centro de Operações Rio informou que, por causa da ação, algumas vias podem ser interditadas ao longo do dia.
Todos os colégios da região não abriram. Um morador, que preferiu não se identificar, tentou ainda levar a sua filha na Escola Municipal Estados Unidos, que fica em frente ao Morro do São Carlos, mas estava fechada. "Mesmo com essa operação, estamos tentando seguir com a nossa vida. Morro aqui desde criança e até que é um lugar razoável de sobreviver", contou o pedreiro, de 42 anos.
A menina, de 10 anos, contou que, quando há tiroteios na comunidade, as professoras pedem para os alunos se abaixarem. "Na última vez, estávamos na quadra e a professora pediu para a gente formar uma fila e nos escondermos atrás do colégio", disse.
No Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, representantes das forças de segurança acompanha, em tempo integral, os desdobramentos da operação.

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