A cidade de Curitiba amanheceu sem um ônibus em circulação nesta terça-feira (14), devido à deflagração de greve de motoristas e cobradores do transporte público, ocorrida ontem (13) à noite.
A categoria reivindica aumento salarial de 40% --o sindicato patronal oferece apenas a reposição da inflação, de cerca de 7%.
Há congestionamentos por toda a cidade. No centro, algumas lojas estavam fechadas nesta manhã devido à falta de funcionários. As centrais de táxi também não davam conta dos pedidos --a espera na linha por atendimento chegava a 30 minutos.
Até estudantes estavam nas ruas, sem aula, devido à falta de professores. Os alunos do Instituto de Educação do Paraná, no centro de Curitiba, relataram que apenas "dois ou três" professores conseguiram chegar ao colégio nesta manhã.
Segundo o presidente do Sindimoc (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana), Anderson Teixeira, cerca de 30% dos ônibus deveriam estar em circulação, por lei, mas a Urbs (instituição responsável por gerenciar o transporte público em Curitiba) não orientou o sindicato sobre quais linhas deveria manter em operação.
Estelita Hass Carazzai/Folhapress | ||
Estação-tubo na praça Carlos Gomes estava vazia devido à greve dos motoristas e cobradores de ônibus |
Nesta madrugada, a prefeitura conseguiu uma liminar da Justiça que determina que 60% da frota deve estar em circulação, sendo 80% nos horários de pico. O sindicato, porém, afirmou que necessita de orientação da Urbs para saber quais linhas colocar em operação.
"Nós só dirigimos os ônibus; nós não temos as planilhas", afirmou Teixeira, em entrevista à rádio Band News.
Nas garagens das empresas, a entrada e saída dos ônibus estavam bloqueadas. Há veículos com pneus furados bloqueando a passagem.
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