Um dos últimos personagens do escândalo do mensalão ainda no ostracismo político foi resgatado ontem pelos petistas. Ex-tesoureiro do PT à época do caso, Delúbio Soares foi reabilitado pelo partido na noite de ontem, durante reunião do Diretório Nacional da legenda. Os delegados petistas decidiram aceitar o pedido de refiliação do político, cinco anos depois de ele ter admitido a prática de caixa dois durante as campanhas eleitorais de 2002 e 2004. Com o ex-deputado José Dirceu e o ex-presidente petista à época do mensalão, José Genoino, na plateia, a volta de Delúbio foi aprovada por 60 votos favoráveis, 15 contrários e duas abstenções.
Depois de cumprir o purgatório político pós-escândalo, Delúbio apresentou uma carta pedindo o perdão do partido na quinta-feira. A solicitação foi votada após o lobby de três petistas favoráveis ao ex-militante: Ricardo Berzoini (SP), um dos responsáveis por encaminhar a expulsão de Delúbio na crise do mensalão; o ex-deputado federal Virgílio Guimarães (MG) e Bruno Maranhão, que se tornou célebre por liderar uma invasão do Movimento de Libertação dos Sem Terra à Câmara, em 2006.
A principal corrente petista, formada pelas tendências Construindo um Novo Brasil, PT de Luta e de Massas e Novos Rumos, pavimentou o retorno do ex-tesoureiro. A corrente responde por quase 60% dos votos do Diretório Nacional, que tem 84 membros. Outra tendência que apoiou a reabilitação foi a Movimento PT, que tem 10 cadeiras no colegiado.
Dentro da política petista, as correntes mais à esquerda, como a Democracia Socialista e a Militância Socialista, se opuseram ao retorno. Tendência influente, a Mensagem ao Partido, do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, se dividiu. Discutido a portas fechadas, o tema ainda causa constrangimento à maior parte dos petistas. O próprio presidente eleito da legenda, o deputado estadual Rui Falcão (PT-SP), preferiu tergiversar sobre o retorno do ex-tesoureiro. “Não acho que seja vantagem nem uma desvantagem”, declarou.
Tempo
Aprovada ontem, a volta de Delúbio era dada como certa desde a quinta-feira, quando ele foi recebido em jantar na casa da senadora Marta Suplicy. “Eu mesma votei contra o Delúbio no passado. Mas, agora, o tempo passou e os erros que ele cometeu, o sofrimento e a execração pública já foram uma punição suficiente”, afirmou Marta. Assessor Especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia fez coro. “Não acho que o Delúbio seja uma pessoa corrupta. Não fez nada em benefício próprio. Houve gestão temerária que trouxe enormes prejuízos. Mas o tempo passou.”
Presidente de honra do partido, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou o encontro do diretório nacional do PT, mesmo estando em Brasília. Chegou-se a especular a participação dele no encontro como sinal de apreço a José Eduardo Dutra. Lula, porém, preferiu não comparecer — e evitar o desgaste com a volta de Delúbio. Em ocasiões anteriores, ele defendeu o retorno do ex-tesoureiro, sob argumento de que não existiria prisão perpétua no Brasil.
Depois de cumprir o purgatório político pós-escândalo, Delúbio apresentou uma carta pedindo o perdão do partido na quinta-feira. A solicitação foi votada após o lobby de três petistas favoráveis ao ex-militante: Ricardo Berzoini (SP), um dos responsáveis por encaminhar a expulsão de Delúbio na crise do mensalão; o ex-deputado federal Virgílio Guimarães (MG) e Bruno Maranhão, que se tornou célebre por liderar uma invasão do Movimento de Libertação dos Sem Terra à Câmara, em 2006.
A principal corrente petista, formada pelas tendências Construindo um Novo Brasil, PT de Luta e de Massas e Novos Rumos, pavimentou o retorno do ex-tesoureiro. A corrente responde por quase 60% dos votos do Diretório Nacional, que tem 84 membros. Outra tendência que apoiou a reabilitação foi a Movimento PT, que tem 10 cadeiras no colegiado.
Dentro da política petista, as correntes mais à esquerda, como a Democracia Socialista e a Militância Socialista, se opuseram ao retorno. Tendência influente, a Mensagem ao Partido, do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, se dividiu. Discutido a portas fechadas, o tema ainda causa constrangimento à maior parte dos petistas. O próprio presidente eleito da legenda, o deputado estadual Rui Falcão (PT-SP), preferiu tergiversar sobre o retorno do ex-tesoureiro. “Não acho que seja vantagem nem uma desvantagem”, declarou.
Tempo
Aprovada ontem, a volta de Delúbio era dada como certa desde a quinta-feira, quando ele foi recebido em jantar na casa da senadora Marta Suplicy. “Eu mesma votei contra o Delúbio no passado. Mas, agora, o tempo passou e os erros que ele cometeu, o sofrimento e a execração pública já foram uma punição suficiente”, afirmou Marta. Assessor Especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia fez coro. “Não acho que o Delúbio seja uma pessoa corrupta. Não fez nada em benefício próprio. Houve gestão temerária que trouxe enormes prejuízos. Mas o tempo passou.”
Presidente de honra do partido, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou o encontro do diretório nacional do PT, mesmo estando em Brasília. Chegou-se a especular a participação dele no encontro como sinal de apreço a José Eduardo Dutra. Lula, porém, preferiu não comparecer — e evitar o desgaste com a volta de Delúbio. Em ocasiões anteriores, ele defendeu o retorno do ex-tesoureiro, sob argumento de que não existiria prisão perpétua no Brasil.
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