10 de abr. de 2017

Presidente do Egito declara três meses de estado de emergência

Medida excepcional é tomada depois de atentados em duas igrejas neste domingo, que mataram 44 pessoas, e às vésperas de visita do Papa Francisco

O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, anunciou na noite deste domingo que o país ficará em estado de emergência por três meses, depois dos atentados com explosivos contra duas igrejas coptas igreja cristã nacional do país. Os ataques deixaram pelo menos 44 mortos durante as comemorações do Domingo de Ramos, que marca o começo da Semana Santa. Os coptas representam 10% da população do Egito e são o maior grupo cristão do país.
“Há uma série de procedimentos a seguir: em primeiro lugar, um estado de emergência de três meses”, declarou o presidente, acrescentando que a medida será tomada para “proteger” e “preservar” o país. O anúncio foi feito em uma entrevista coletiva no palácio presidencial do Cairo, algumas horas depois do duplo ataque reivindicado pelo grupo Estado Islâmico.
Segundo a Constituição egípcia, o chefe de Estado ainda deve submeter essa medida ao Parlamento, que tem uma semana para se pronunciar. O grupo político do presidente domina o Legislativo. Al-Sissi dirige o país com mão de ferro desde a queda em 2013 do islamita Mohamed Mursi, que foi o primeiro presidente eleito democraticamente no Egito.
Os ataques deste domingo acontecem vinte dias antes da visita do papa Francisco ao Egito, que está marcada para os próximos dias 28 e 29 de abril, a primeira viagem do pontífice argentino ao Oriente Médio. 
(Com agências internacionais)

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