Estiveram em pauta 682 processos, dos quais 174 envolvendo bancos públicos e privados. Santander, Bradesco, Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal foram os bancos mais punidos.
Foi a quarta e última reunião da CCASP, em 2011, que é formada por representantes do governo e entidades dos trabalhadores (bancários e vigilantes) e empresários (bancos e empresas de segurança, transportes de valores e centros de formação de vigilantes).
A reunião foi presidida pelo coordenador-geral de Controle de Segurança Privada (CGCSP) da Polícia Federal, delegado Clyton Eustáquio Xavier.
As principais infrações dos bancos foram: falta ou o descumprimento do plano de segurança aprovado pela Polícia Federal, número insuficiente de vigilantes, transporte de valores feito por bancários e alarmes inoperantes, dentre outros itens.
"Essas multas mostram a importância do trabalho de fiscalização da Polícia Federal e provam que os bancos seguem tratando com descaso a segurança de trabalhadores e clientes, o que contribui para a onda de assaltos e sequestros", avalia Ademir Wiederkehr, coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária e diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que representa os bancários na CCASP.
Segurança
Ademir defende mais atenção e investimentos em segurança. "No primeiro semestre deste ano, segundo levantamento do Dieese, os cinco maiores bancos do país lucraram mais de R$ 25,3 bilhões, sendo que gastaram R$ 1,29 bilhão em despesas de segurança e vigilância, o que representa uma média de 5,09% por banco, o que é insuficiente", destaca.
"A segurança precisa ser tratada como prioridade, sobretudo para acabar com a morte de pessoas em assaltos envolvendo bancos", frisa Ademir. Nos primeiros nove meses deste ano, conforme pesquisa da Contraf-CUT e da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) com base na imprensa, 38 pessoas foram assassinadas no país, na sua maioria clientes e em crimes de "saidinha de banco".
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