Corpo de Willian Augusto da Silva apresentava oito perfurações, mas, dois ferimentos eram referentes à saída e entrada de projéteis, diz o laudo do Instituto Médico Legal
Por
O Dia
Rio - Os tiros que
mataram Willian Augusto da Silva foram no abdômen e no tórax, indicou o
laudo da necropsia. A informação foi divulgada pelo canal de TV por
assinatura GloboNews. O sequestrador foi morto por atiradores de elite
da Polícia Militar, após tentativa de negociação. Ele fez 39 pessoas
reféns durante três horas e meia na terça-feira.
Segundo o laudo do Instituto Médico Legal, a morte
foi causada por dois dos seis tiros de fuzil que atingiram o corpo:
"ferimentos transfixantes" no tórax e abdômen, que ocasionaram
hemorragia interna, disse a TV.
O corpo de Willian apresentava oito perfurações, mas,
dois ferimentos são referentes à saída e entrada de projéteis, aponta o
laudo. O sequestrador de 20 anos também foi baleado no braço e
antebraço esquerdos, na perna esquerda, que quebrou no momento do
ferimento, e no tórax.
Os militares da Unidade de Intervenção Tática foram
os responsáveis pelo trabalho do Bope durante o sequestro. O grupo é
composto por negociadores, atiradores de precisão (snipers) e pelo grupo
de retomada e resgate.
O comandante da unidade, tenente-coronel Maurílio
Nunes, revelou que Willian ameaçou se jogar da Ponte junto com um refém
durante a ação criminosa. O militar também disse que o sequestrador era
confuso na negociação. “Uma hora ele queria dinheiro, outra hora ele
pedia um carro para fugir. Uma hora ele falou assim ‘qual é a altura
daqui? Vou me jogar daqui com um refém’. Então, os pedidos não tinham
uma linha estratégica, uma linha racional”, revelou o comandante.
Willian Augusto da Silva anunciou o sequestro no
ônibus da linha 2520 (Alcântara-Estácio), da Viação Galo Branco, na Ilha
de Mocanguê, logo após subir a Ponte Rio-Niterói, às 5h25 da manhã. Na
altura do vão central, ele mandou o motorista parar o ônibus e ameaçou
incendiar o veículo, pendurando garrafas com gasolina no veículo e
caminhando com um isqueiro. Willian também levou lacres para prender os
punhos dos passageiros.
Os agentes identificaram contatos suspeitos do
sequestrador na internet e já investigam se ele planejou o ataque
auxiliado por instruções de redes sociais e da deep web (o submundo da
internet).
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