Denunciada pela Lava Jato, agora a
petista Gleisi Hoffmann assume a postura do quanto pior melhor, tenta
retardar a aprovação da PEC do Teto do Gasto Público e é interpelada nos
corredores do Senado
IRRESPONSÁVEL: Gleisi cria
emenda absurda para tumultuar sessão no Senado e tenta retardar
aprovação de PEC que ajudará o Brasil a sair da crise
Mário Simas Filho
Ex-ministra da Casa Civil e denunciada pela Operação Lava
Jato, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) começou a manchar publicamente a
própria biografia quando adotou a postura de líder da tropa de choque
de Lula e Dilma no Senado. Depois do impeachment, ela vem transformando
sua atividade parlamentar em sinônimo da política do quanto pior melhor,
promovendo uma oposição inconsequente que em nada contribui para que o
País avance. A última investida de Gleisi contra o País se deu na semana
passada, durante a tramitação da PEC do Teto dos Gastos Públicos. A
proposta, já aprovada em dois turnos pela Câmara dos Deputados, é
apontada pelo governo, por economistas e até por parte da oposição, como
um instrumento indispensável para que o País retome o equilíbrio fiscal
e reencontre o caminho do crescimento. Para entrar em vigor, a PEC
precisa ser aprovada em dois turnos no plenário do Senado, o que deverá
ocorrer até 13 de dezembro. Antes de ir ao plenário, porém, o projeto
precisa do aval da Comissão de Constituição e Justiça, o que poderia ter
ocorrido já na terça-feira 1, não fosse a atuação de Gleisi.
Na véspera da reunião, a senadora apresentou uma absurda proposta de
emenda prevendo que após a aprovação da PEC no Senado a mesma deveria
ser aprovada em referendo popular antes de entrar em vigor. É evidente
que a petista apenas tenta tumultuar. Seria natural que Gleisi, como
senadora de oposição, apresentasse projetos alternativos ao do governo e
que o Parlamento fizesse o debate sobre as propostas para, em nome do
povo, definir o rumo a ser seguido. O problema é que nem Gleisi e nem o
PT têm uma proposta paralela. A senadora busca, então, apenas retardar a
aprovação da PEC. “Essa é uma postura irresponsável, pois enquanto não
se aprovar a PEC o Brasil manterá a tendência de estagnação econômica ou
crescimento mínimo”, observa o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE),
relator da PEC no Senado. Na terça-feira 1, Oliveira apresentou parecer
em que defende a constitucionalidade da proposta e rejeita qualquer
alteração, inclusive a estapafúrdia emenda de Gleisi. “Não temos dúvida
sobre a aprovação, mas o Brasil tem pressa e teríamos ganhado uma semana
se não houvesse essa falsa discussão”, afirmou o senador Ricardo
Ferraço (PSDB-ES) a dois colegas de partido. Durante a sessão, para
impedir que os falsos debates protagonizados por Gleisi seguissem,
Ferraço pediu vistas e encerrou a questão. “A
postura (de Gleisi) é irresponsável, pois enquanto não se aprovar a PEC
o Brasil manterá a tendência de estagnação econômica ou crescimento
mínimo” Eunício Oliveira, relator da PECINTERPELAÇÃO PÚBLICA
As flagrantes tentativas de sabotar qualquer iniciativa que possa
fazer o País avançar, tem levado a senadora petista a ser hostilizada
por colegas parlamentares e já provocam reação em parte dos eleitores.
“A senadora está ultrapassando os limites e fazendo uma oposição
destrutiva”, disse um dos principais lideres do PSDB no Senado na
quinta-feira 3. “Essa postura não contribui sequer com a oposição”. Nos
corredores do Congresso, as pessoas já interpelam a senadora sem
constrangimento. Há poucos dias, Gleisi conversava com um jornalista
quando foi abordada por uma cidadã:
– Oi Gleisi, você já está preparada para ser presa?, perguntou.
– Não querida, mas você pode ir!, respondeu a senadora.
– Eu não. A bandida aqui não sou eu, disse a mulher.
Em seguida, Gleisi pede a um assessor para chamar a segurança do
Senado a fim de deter a mulher. O diálogo foi gravado e na semana
passada, depois de a senadora tumultuar a Comissão de Constituição e
Justiça, viralizou nas redes sociais. Gleisi e seu marido, o ex-ministro
Paulo Bernardo, foram denunciados pela Procuradoria Geral da República
por terem desviado recursos da Petrobras para campanhas políticas e até
para pagar contas pessoais. Paulo Bernardo chegou a preso por desviar
recursos de empréstimos concedidos a servidores públicos aposentados.
Fotos: Ricardo Botelho/Brazil Photo Press; Aílton de Freitas/Ag. O Globo
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